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Lojas virtuais têm feito a cabeça dos empreendedores

Por: Eduardo Mustafa

Graduado em 'Comunicação Social - Jornalismo' com experiência em negócios, comunicação, marketing e comércio eletrônico e pós-graduado em 'Jornalismo Esportivo e Gestão de Negócios'. Foi editor do portal E-Commerce Brasil, do Grupo iMasters (2015 /2016), e atualmente é executivo sênior de contas na Gume

Seja para ampliar a área de atuação ou para fugir dos altos custos, empreendedores estão trocando a loja física pela virtual. É o caso da loja de mochilas e acessórios Minha Pitanga. “Com o e-commerce, atingimos um público fora de Belo Horizonte. Hoje atendemos todo o país”, afirma a sócia da loja, Luiza Abdu. Atualmente, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo respondem por cerca 60% das vendas da empresa.

Ela conta que já teve uma loja na Feira Shop da Savassi, na região Centro-Sul da capital, mas que encerrou as atividades em 2014. “Durante um ano e meio, as lojas física e virtual conviveram. Naquela época, já havia consumidores de Belo Horizonte que preferiam comprar pela internet por causa da comodidade”, ressalta. Ela diz que estava desgastante manter os dois tipos de negócio. Assim, ela e a sócia Marina Abdu decidiram concentrar os esforços no e-commerce, que tem como vantagem não só a abrangência territorial maior, mas também o custo menor.

Luiza explica que a marca foi criada para vender as mochilas da fábrica da mãe, que já comercializava o produto no atacado.

A empresária Nicole Miranda é outra que optou pelo e-commerce depois de uma breve experiência com uma loja física, que durou poucos meses. Para ela, a loja na internet é a melhor opção por vários motivos, como o custo menor. “Na loja convencional, você tem que escolher uma boa localização, com facilidade para estacionar. Sei de muita gente que já deixou de comprar por não ter onde parar o carro. Além do mais, você precisa ter um estoque maior e funcionários. A estrutura é maior”, observa.

Nicole, que é proprietária da loja virtual Empório N.M, acredita que as compras pela internet são uma tendência. Apesar de satisfeita com a opção, ela conta que no começo, há três anos, não foi fácil. “Tive que vencer a desconfiança inicial do consumidor. Muitos só compravam em grandes redes e tinham receio das empresas novas e que não eram conhecidas”, frisa.

Ela ressalta que, ao mesmo tempo em que o mercado se amplia na internet, a concorrência também é intensa. “É preciso se destacar. O meu principal canal de divulgação é o Instagram”, diz. Já o sócio do e-commerce Savará BH Luiz Cláudio de Camargo Coutinho, mais conhecido como Camboja, diz que gostaria de ter as duas opções de negócio. Durante dez anos, ele teve uma loja na Savassi que vendia roupas com a temática rock. “Não pude continuar por falta de fiador para manter o ponto”, conta.

As atividades na loja de rua foram encerradas em julho de 2015. Em setembro, ele voltou ao mercado com a loja virtual. “A loja tinha um site, mas era mais institucional”, diz. O empresário conta que tinha planos de atuar no e-commerce, que foram antecipados.

Para ele, há vantagens e desvantagens nos dois tipos de loja. “A loja virtual tem um custo fixo cerca de 80% menor na comparação com o de uma loja convencional, e você pode aumentar sua área de atuação. Só que a concorrência também é maior. Já a loja física tem a vantagem de ter o contato direto com o cliente, é mais pessoal. E você é visto se tiver um bom ponto na cidade. A internet é mais fria, e é preciso saber fazer a sua divulgação na rede”, analisa.

Coutinho não descarta voltar com a loja física no futuro. Só que ainda não há nada definido. “No momento, estamos focando no site”, esclarece o empresário.

Fonte: O Tempo