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Lista revela os 12 erros comuns de marketing do Instagram (e como evitá-los)

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista e editor do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

No mundo das mídias sociais, os profissionais de marketing sabem que a mudança é uma das únicas coisas com as quais podem contar. De algoritmos e APIs, a recursos e melhores horários de postagem, as práticas recomendadas do ano passado podem ser a gafe deste ano. Então, como você pode evitar cometer erros de marketing no Instagram? Acompanhe a seguir uma lista dos 12 erros de marketing mais comuns do Instagram em 2022, a fim de saber o que não fazer no Instagram.

Imagem de uma garota utilizando o aplicativo do Instagram no smartphone

Da mesma forma que um conteúdo pode ter o SEO otimizado para o site, é possível otimizar a Bio do Instagram, assim como legendas e texto alternativo.

Erros de marketing do Instagram para evitar

1 – Ignorando suas análises

Um dos erros de mídia social mais comuns que um profissional de marketing pode cometer é ignorar seus dados (ou não usá-los ao máximo).

O Instagram oferece uma quantidade incrível de análises, tanto por postagem quanto no nível geral da conta.

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Revisar os dados é a melhor maneira de saber o que está funcionando e o que não está. Se uma postagem tiver um desempenho muito bom, imprescindível analisar o post para descobrir o motivo.

Uma dica para ir além da ferramenta de insights integrada do Instagram é utilizar o Hootsuite Analyze.

Veja a seguir algumas features que o painel de análise da Hootsuite pode fazer que o Instagram não pode:

  • Mostrar dados do passado distante (os insights do Instagram só podem dizer o que aconteceu nos últimos 30 dias);
  • Comparar métricas em períodos específicos para obter uma perspectiva histórica;
  • Mostrar o melhor tempo de postagem com base em dados anteriores de engajamento, alcance e cliques.

2 – Usando muitas hashtags

Para as marcas, as hashtags são uma faca de dois gumes. Eles podem ajudar outros usuários do Instagram a encontrar seu conteúdo, mas também podem fazer com que o conteúdo pareça spam.

É possível usar até 30 hashtags. Porém, o número mais comum de hashtags para usar em contas de marca é de uma a três por postagem. A AdEspresso sugere que o uso de até 11 hashtags é aceitável. Ainda assim, é preciso testar para entender o que performa melhor para a marca.

A Adidas Women pega bem leve nas hashtags, com média de 3 ou menos por postagem. Eles alcançam um bom equilíbrio entre hashtags de marca (#adidasbystellamccartney) e hashtags pesquisáveis ​​(#workout, #style) que sinalizam o tópico do post e a ajudam a ganhar alcance.

3 – Não ser social

A mídia social não é uma transmissão unilateral, mas sim uma conversa. Mas, infelizmente, um dos erros de mídia social mais comuns nos negócios é esquecer a parte “social”.

Um profissional de marketing deve gastar tanto tempo interagindo quanto criando e publicando conteúdo. Além disso, é preciso evitar falar apenas com os seguidores da marca: participar de uma conversa com outras marcas é uma ótima maneira de facilitar o engajamento.

Cada comentário, pergunta, menção e DM é uma oportunidade para fidelizar e criar uma experiência de marca positiva com seu público.

A Netflix é uma marca que promove uma estratégia de mídia social mais forte do que do produto. Apesar de conteúdo muito divertido, o verdadeiro ouro está nos comentários.

Aqui é possível ver a Netflix respondendo aos comentários em sua voz de marca atrevida e relacionável, que combina com o tom dos comentários. E o público deles adora!

4 – Publicação sem estratégia

Muitas empresas sabem que devem ser ativas nas mídias sociais, mas não param para pensar no porquê.

A intenção é direcionar o tráfego para o site? Ou tornar a marca mais conhecida em sua categoria? Ou, ainda, fazer vendas diretamente pela loja do Instagram?

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É difícil alcançar o sucesso através do marketing do Instagram se a empresa não sabe o que está tentando alcançar.

Por isso, vale optar por um objetivo para começar e criar um plano estratégico para chegar lá. Dessa forma haverá algo para orientar todas as decisões e uma maneira de medir o impacto do trabalho.

5 – Não usar os recursos mais recentes

Embora o algoritmo do Instagram esteja sempre mudando, adotar os mais novos recursos da plataforma sempre pareceu ser uma tática de sucesso.

Os profissionais de marketing que se movem rapidamente podem se beneficiar de um melhor engajamento, crescimento mais rápido e maior alcance. Eles são ainda mais propensos a serem apresentados na página Explorar.

Primeiro, foi o Instagram Stories. Em seguida, o Instagram TV (IGTV) — e agora é o Instagram Reels. Se a empresa ainda não mudou para uma estratégia de vídeo em primeiro lugar, agora é a hora.

Deixe para as marcas de beleza descobrir como usar os recursos do Instagram ao máximo. A Glow Recipe abraçou vários formatos, de IGTV a guias e agora a Reels. Neste caso, eles usam vídeos e bobinas para compartilhar tutoriais e ensinar habilidades relevantes ao público.

6 – Não usar links rastreados para atribuição

O uso do Instagram é para direcionar o tráfego para o site ou aplicativo? Se sim, os cliques estão sendo rastreados no link que chega do Instagram?

Os gerentes de mídia social são constantemente solicitados a provar o ROI de plataformas como o Instagram. Caso haja a inclusão de links via Instagram Stories, Reels, Shops ou sua biografia, vale se certificar de provar que eles estão funcionando.

Cada link postado deve ter parâmetros de rastreamento anexados. Dessa forma é possível creditar os resultados comerciais de volta aos esforços de marketing do Instagram.

Dica: o Hootsuite Composer facilita a geração de links com parâmetros UTM. O vídeo a seguir mostra um passo a passo da ferramenta:

7 – Publicação de conteúdo de paisagem

Este é um dos erros mais surpreendentes que os os profissionais de marketing ainda cometem. Se o objetivo do conteúdo do Instagram (seja fotos ou vídeos) é chamar a atenção e parar os usuários no meio da rolagem, a recomendação é postar apenas conteúdo vertical.

Isso ocorre porque 92,1% do uso da internet acontece em telefones celulares. Portanto, é ideal que o conteúdo ocupe o máximo de espaço vertical possível para envolver os usuários. Uma foto ou vídeo de paisagem (horizontal) ocupa metade do espaço que uma vertical!

8 – Ignorando tendências

As tendências não são apenas para influenciadores e geração Z. Por isso, profissionais de marketing de mídia social devem sempre estar cientes das tendências do Instagram para que possam adaptá-las de uma maneira que seja fiel à voz e ao público de sua marca.

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Por exemplo: postar screenshots de Tweets (com crédito) e usar GIFs de reação da cultura pop são sempre uma boa aposta. Ambos são tendências duradouras do Instagram nas quais as marcas podem participar facilmente.

A Gritty faz um ótimo trabalho ao participar das tendências da cultura pop. No entanto, faz isso de maneira que oferece o humor pelo qual Gritty é conhecida. Se não faz sentido para sua marca, a empresa não participa.

9 – Não experimentar sua estratégia

A única coisa pior do que não ter uma estratégia no Instagram é ter uma estratégia desatualizada.

Dado o ritmo de mudança do Instagram, todas as “melhores práticas” devem ser tomadas com cautela. O que funciona para outras marcas pode não funcionar para sua marca e público.

Experimentar é a única maneira de saber o que realmente funciona para sua marca. Você deve estar sempre testando:

  • Horários de postagem
  • Frequência de postagem
  • Comprimento da legenda
  • Número e tipos de hashtags
  • Formatos de conteúdo
  • Temas e pilares de conteúdo

Embora não seja uma ciência exata, geralmente é válido testar uma variável por pelo menos 5 posts (ou 2-3 semanas, o que fornecer mais dados) antes de tirar uma conclusão.

10 – Publicação de visuais excessivamente produzidos ou aperfeiçoados

Quando as marcas começaram a usar o Instagram, os usuários esperavam ver fotos bonitas e de alta qualidade em seu feed.

Hoje em dia, sabemos mais sobre as mídias sociais e o impacto da cultura de comparação em nossa saúde mental. Muitos usuários do Instagram agora estão migrando para feeds menos organizados e polidos.

Esta é realmente uma ótima notícia para os profissionais de marketing. Afinal, não precisa gastar muito tempo e dinheiro em produções extravagantes para criar conteúdo para o Instagram. Visuais excessivamente produzidos não parecem autênticos e se destacam (pelos motivos errados) no feed.

Vale, por exemplo, adotar o uso da câmera do telefone para capturar conteúdo no momento e pule os filtros de fotos.

A marca de doces Behave abraçou totalmente a estética da Geração Z de visuais confusos e cores contrastantes. Eles postam uma mistura de UGC, memes e algumas fotos tiradas profissionalmente. Porém, são estilizadas de uma maneira que não se destacaria em um feed do Instagram por parecer muito com um anúncio.

11 – Não otimizar para pesquisa

Graças a um post em 2021 no blog do Instagram, agora é possível saber muito mais sobre como os resultados de pesquisa são veiculados e como as marcas podem melhorar suas classificações de pesquisa.

Da mesma forma que um conteúdo pode ter o SEO otimizado para o site, é possível otimizar a Bio do Instagram, assim como legendas e texto alternativo. Isso significa criar sua cópia social para incluir palavras que correspondam ao que alguém que pesquisa pelo seu tipo de conteúdo usaria.

12 – Não tornar seu conteúdo acessível

Levante a mão se você sempre adiciona texto alternativo a todas as imagens que publica nas mídias sociais. Se você fizer isso, você está muito à frente do jogo (e todos que usam leitores de tela para navegar na internet agradecem).

Caso contrário, é importante que todos os profissionais de marketing aprendam a tornar seu conteúdo de mídia social mais inclusivo para todos os usuários que possam consumi-lo. A seguir, algumas boas práticas:

  • Adicione texto alternativo descritivo para cada foto
  • Escreva hashtags usando Camel Case (#CamelCaseLooksLikeThis)
  • Adicione legendas ocultas (ou legendas) a todos os vídeos com áudio
  • Não use geradores de fontes sofisticados
  • Não use emojis como marcadores ou no meio da frase

Este exemplo do Spotify verifica todas as caixas de acessibilidade necessárias. As hashtags são escritas em Camel Case, e o vídeo tem legendas para acompanhar o áudio.

Em geral, o Spotify publica muito conteúdo de vídeo em vários formatos e inclui consistentemente uma mistura de gráficos e legendas baseados em texto. Essas escolhas conscientes tornam sus vídeos acessíveis a todos os espectadores.

Importante frisar que as regras das mídias sociais estão sempre mudando. Por isso, não tenha medo de tentar coisas diferentes. Desde que você aprenda com o que funciona e o que não funciona. Boa sorte!

Fonte: Hootsuite

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