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Limite de internet molda comportamento no Varejo

Por: Eduardo Mustafa

Graduado em 'Comunicação Social - Jornalismo' com experiência em negócios, comunicação, marketing e comércio eletrônico e pós-graduado em 'Jornalismo Esportivo e Gestão de Negócios'. Foi editor do portal E-Commerce Brasil, do Grupo iMasters (2015 /2016), e atualmente é executivo sênior de contas na Gume

Internet é oxigênio para o brasileiro, que não está disposto a abrir mão dela. Essa é uma das conclusões da Pesquisa Consumo na Crise, realizada pela agência nova/sb com mais de 2.800 pessoas ao longo de 12 meses. Conquista de consumo dos últimos anos, a internet é ao mesmo tempo entretenimento, informação e ferramenta para economizar; tida como fundamental para o dia-a-dia da população.

Os entrevistados apontaram que a internet é uma das quatro principais conquistas de consumo dos brasileiros nos últimos anos e, se tiver que reduzir consumo, a internet é uma das últimas opções de corte. Eles mencionaram ainda que a visita a sites e aplicativos é uma das principais estratégias de pesquisa de preço, promoções, compra, busca de oportunidades de emprego, bem como tornou-se cada vez mais relevante como opção de lazer doméstico.

“Os brasileiros já mostraram ao mundo que são apaixonados por se comunicar e compartilhar experiências, vide a nossa liderança em várias redes sociais. E o consumidor do país está mais atento às possibilidades de economia, sobretudo em momento de crise. Ou seja, ninguém quer abrir mão de ter um smartphone e o utilizá-lo como estratégia de economia. Há ainda perfil de brasileiros que optou por atrasar contas de consumo como luz, água e manter o celular em dia para não perder oportunidades de ofertas”, destaca Bob Vieira da Costa, sócio fundador da agência nova/sb.

Brasileiro sairá um consumidor melhor da crise
A internet é inclusive uma das principais responsáveis pelo surgimento do perfil de consumidor chamado mundialmente de “smart buyer”. Segundo estudo da nova/sb, representa hoje 49% dos brasileiros. Para estes, economizar não é sorte, mas uma habilidade. São homens e mulheres com mais de 18 anos, alta afinidade com pessoas das classes C e B e educação de nível médio. Eles planejam e controlam gastos através da incorporação de hábitos como fazer lista de compras e comparação de preços.

“O smart buyer gasta tempo pesquisando preços e promoções antes de comprar, visita mais de uma loja antes de fechar a compra, utilizar redes sociais para compartilhar e buscar informações, é usuário compulsivo do WhatsApp para trocar opiniões, dicas e experiências sobre consumo e também reclama nos órgãos competentes e nas redes sociais para garantir seus direitos”, explica Sérgio Silva, diretor de Planejamento e responsável pela pesquisa da nova/sb. Silva é também professor de graduação e pós-graduação na FAAP e ESPM, em São Paulo.

Fonte: Decision Report