Latam Retail Show: Inovação do Varejo Global - Os últimos conceitos e ideias que impulsionam a mudança
Expandir e transformar experiências foram as palavras-chave da palestra Inovação do Varejo Global - Os últimos conceitos e ideias que impulsionam a mudança, durante o Latam Retail Show 2016.
Durante a palestra, Neil Stern, da McMillanDoolittle - Ebeltoft Group compartilhou alguns cases de inovação no varejo mundial. Na Europa, por exemplo, há um grande movimento do varejo de alimentos para oferecer experiências inovadoras aos clientes. Na Holanda, a Markthdal Rottedam, um local onde você encontra os produtos e pode também comer os alimentos.
A Electro Mart, na Coréia do Sul tinha como desafio não ser mais uma loja de eletrônicos num mercado dominado por Samsung e LG. Pensando nisso, criaram um personagem que fica na frente da loja. "Nós sabíamos que não iríamos sobreviver por isso criamos experiências diferentes. A inspiração veio do "homem das cavernas". Basicamente a loja oferece bonecos, carros de controle remoto, uma barbearia, vende roupas masculinas, tem um bar - afinal é uma loja para homens", conta Neil.
Outra tendência é como transformar as lojas de varejo em locais menores, algo que a tecnologia pode ajudar. A Sephora da França diminuiu o tamanho de uma loja em dois terços. É claro o consumidor faz o pedido pela internet.
A tecnologia estará presente em diversas indústrias, como a Echo Park, loja de carros usados onde você não encontra carros. O estoque é todo online, o cliente faz o pedido pelo computador e o carro é entregue ao show room mais próximo para que o cliente possa testá-lo. "Existem diversas tendências parecidas, esta é uma forma de eliminar o atrito e substituir o produto pela tecnologia, o que também é uma estratégia mais sustentável", diz Neil.
A sustentabilidade também faz parte da estratégia da Vigga, uma loja de artigos para bebês da Dinamarca, que recicla as roupas, e possui um modelo de negócio de assinatura. "Tudo orgânico, você devolve as roupas depois. Elimina o desperdício e se concentra na necessidade do cliente", diz Neil.
Outra tendência é a valorização de produtos regionais. A Whole Foods Market, nos Estados Unidos, por exemplo, comercializa produtos que estão a poucos passos de lá.
"Sempre no varejo temos o foco em diminuir o custo e diminuir o espaço. Antigamente se sacrificava experiência em prol do preço, mas isso está mudando. Aldi, nos Estados Unidos (na Califórnia), é uma loja onde tudo tem desconto, porém produtos orgânicos, sem glúten, por exemplo", diz Neil.
A Decathlon Connect na Alemanha, o foco é a experiência e nas áreas de inovação. A IKEA da Suécia está fazendo a mesma coisa: lojas menores, com experiências melhores. Eles sabem que o cliente vai comprar online de qualquer forma, então a loja funciona como uma experiência para ver como ficaria na casa.
Motivadores do varejo no futuro
Será que o cliente vai comprar na loja e receber em casa? Será que ele vai querer comprar online e buscar na loja? A Amazon está fazendo testes do Amazon prime Air que pode entregar produtos para os consumidores em até 30 minutos. Isso é um exemplo de como podemos chegar ao nível máximo de serviço.
Quando falamos em inovação falamos do que é único e louco, mas muitos perguntam: como essa inovação vai funcionar na prática? Na Warby Parker, nos EUA, varejista de óculos online, eles entregam na sua casa, por um preço um terço menor do que o praticado no mercado americano. Eles viraram uma empresa que transformaram a forma de vender óculos. Como eles não têm estoque eles investem na experiência da loja. A Jins, do Japão também combina um show room com um laboratório ótico. Eles usam seus robôs pra criar os seus óculos enquanto você está na loja e com um preço de apenas 100 dólares.
"É isso que nós vemos cada vez mais. Essas inovações chegarão e mudarão as relações de consumo", finalizou.