“O Brasil entrou realmente no foco das maiores economias do mundo”. A afirmação é de Bruno Medeiros, co-fundador e diretor de novos negócios do Compra3, única empresa brasileira presente no Global E-commerce Summit, que aconteceu em Barcelona. Segundo ele, fundos de investimento e empresas da Espanha, Itália, Holanda, França e Inglaterra são alguns dos mais interessados em começar a operar no país: “a aprovação do Governo Brasileiro de investir oito bilhões de dólares para que aproximadamente 40 milhões de casas tenham conexão banda larga, foi vista com excelentes olhos pelos players internacionais”.
O executivo conta que os maiores players do comércio eletrônico mundial têm trabalhado em dois grandes temas, a padronização do gateway de pagamento entre todos os países do Euro; e como ampliar os resultados de vendas com o Facebook e Facebook Credits (moeda interna da rede social). O ponto fundamental nesse cenário, de acordo com Medeiros, é a percepção de que o comportamento dos brasileiros, entre os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China), é o mais parecido com o europeu e americano, fazendo com que o país se posicione como um excelente mercado: “além de muito lucrativo, ainda figura como um grande mercado de testes, onde investir em inovação é mais barato e, com os bons resultados alcançados, torna-se um modelo facilmente exportado para o mundo”, conta.
Ainda dentro das conclusões que trouxe do evento, Bruno alerta para alguns desafios a fim de aproveitar todo o potencial do mercado e a atenção dos investidores internacionais: “Além do idioma português, que dificulta o entendimento do mercado por parte dos estrangeiros, os pontos que assustam um pouco quem vem de fora são os altos custos de operacionais e os desafios de logística”.
Medeiros se apresentou no Global E-commerce Summit no dia 25 de maio, e falou sobre o mercado brasileiro, oportunidades, tendências, desafios e o case inovador Compra3. “Foi uma excelente oportunidade de mostrar o modelo do portal brasileiro, que nos últimos tempos tem sido alvo constante do assédio de investidores e da mídia internacional, recebendo destaque em matérias do The New York Times, revista TIME e do site norte-americano ventureBeat, especializado em inovações tecnológicas”, declara.