Um estudo global, que avaliou as atitudes dos consumidores em relação à privacidade online em 15 países e considerando 15 mil pessoas, apontou que os internautas querem os benefícios da tecnologia sem sacrificar a privacidade.
O Brasil está na quinta posição entre os 15 países pesquisados com mais disposição para negociar a privacidade para maior conveniência online, com 26% dos brasileiros estão dispostos a negociar a privacidade (globalmente são 27%).
Ainda de acordo com o estudo, os consumidores no Brasil têm menor confiança na ética das organizações em relação à proteção de sua privacidade. Quase 90% afirmaram acreditar que devem existir leis que proíbam empresas de comprar e vender dados sem o consentimento e a aceitação dos internautas; 71% sentem que têm menos privacidade agora que há um ano e 73% acreditam que a privacidade será mais difícil de manter nos próximos cinco anos.
Globalmente, 91% dos participantes disseram que valorizam os benefícios do “acesso mais fácil à informação e ao conhecimento” que a tecnologia digital proporciona e apenas 27% afirmam que estão dispostos a abrir mão de parte de sua privacidade em troca de mais conveniência e facilidade online. Para 41%, o governo está comprometido com a proteção de sua privacidade e 81% supõem que a privacidade se deteriorará nos próximos cinco anos; 59% dizem ter menos privacidade do que há um ano.
O Índice EMC de Privacidade revelou três paradoxos de privacidade:
Paradoxo “Queremos tudo”: Os consumidores dizem que querem todas as conveniências e todos os benefícios da tecnologia digital, embora digam que não estão dispostos a negociar sua privacidade para obtê-los.
Paradoxo “Não tomar atitude”: Embora os riscos à privacidade afetem diretamente muitos consumidores, a maioria diz que não toma praticamente nenhuma atitude especial para proteger sua privacidade – em vez disso, transferem o ônus para os que lidam com suas informações, como o governo e as empresas.
Paradoxo “Compartilhamento social”: Os usuários dos sites de mídia social afirmam valorizar a privacidade, embora digam que compartilham livremente grandes volumes de dados pessoais – apesar de manifestarem falta de confiança na proteção que essas instituições dão a suas informações.
Por: Abranet