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Inteligência artificial pode ser decisiva na logística, explica especialista

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

O futuro já está presente, pelo menos em muitas situações do nosso dia a dia. A tecnologia que muita gente só via em filmes de ficção cientifica já pode ser vista com o uso da inteligência artificial, por exemplo.

Marcelo Terrazzan, sócio da Pier8, falou durante o The Future Of E-Commerce | Logística, sobre Inteligência artificial e logística. Afinal, o que o futuro nos reserva?

Terrazzan explica que o conceito de Inteligência Artificial é trazer para a maquina uma reprodução do cérebro. Ou seja, fazer com que a maquina consiga aprender, raciocinar e tomar decisões assertivas, aprendendo com o próprio erro e evoluindo por meio das sua decisões.

Inteligência Artificial

Para entender os desdobramentos da Inteligência Artificial no contexto da logística, é preciso entender quatro pilares:

IoT – internet das coisas – nada mais é do que os produtos e as máquinas estarem conectadas à internet. Elas têm o IP (endereço na internet) e trocam informações ente si.

Big Data – quantidade de informações que existem disponíveis.

Machine Learning – que é o aprendizado das máquinas

Computação em nuvem – permite que todos esses dados estejam acessíveis de forma rápida.

O que possibilitou que a IA saísse das telas do cinema para que se tornasse de fato um produto foi a junção dessas quatro tecnologias, baseadas no conceito da Inteligência Artificial.

Primeiro grande impacto da Inteligência artificial, é o que vem sendo chamado de logística 4.0, que é um desdobramento do conceito de indústria 4.0, que é a quarta revolução industrial. Na prática, isso significa  a presença de máquinas, robôs que conversam entre sí e tomam decisões independentes.

Logística 4.0

A logística 4.0 é onde tudo é digital, tudo é integrado, temos a parte da automação e a parte da inteligência, que é  a possibilidade das tomadas de decisões de forma autônoma.

Marcelo nos convida a pensar no supply chain, uma cadeia tradicional.

“De maneira simples, nós temos indústria, produto, transporte, operador logístico, last mile e o cliente. Toda essa pequena jornada que nós montamos aqui, sempre ocorreu de maneira linear, onde cada etapa é muito bem definida e conversa com a etapa da frente. Mas quando a gente traz isso para o conceito de logística 4.0, a gente sai dessa coisa linear e vem para uma esquema totalmente integrado”, explica Marcelo.

“É óbvio que a jornada começa e termina no mesmo lugar (começa na indústria e termina no cliente), mas a grande questão é que tudo passa a conversar com tudo”, com mostra o exemplo a seguir.

Imagina tudo isso conectado? Quais desdobramentos nós teríamos na logística, questiona Marcelo.

Ele simulou como seria na prática a jornada de um pedido no comercio eletrônio 4.0, nesta logística inteligente e 100% integrada.

Jornada da Logística 4.0

Primeiro passo é a produção automatizada e a inteligente nas fábricas. Ou seja, as máquinas apresentam mecanismos avançados de previsão de demanda, as chamadas análises preditivas.

As máquinas conectadas no Big Data conseguem trabalhar com análises preditivas, que são análises de inteligência artificial que prevê a demanda baseada em fatores internos e também externos, que mexem com o clima e com sazonalidade.

“Imagine que a maquina de um produto monitorado, começa ter a percepção de movimentação nas redes sociais que indica que muita gente vai estar viajando para Salvador no carnaval, então ela, automaticamente sabe que aquele produto vai aumentar na região nordeste e automaticamente toma a decisão de aumentar a produção do produto para estar no operador logístico daqui um mês”, explica Marcelo.

Uma vez que a máquina entendeu essa previsão. elas começam a trabalhar de forma inteligente e autonoma, fornecendo feedback constante na produção.

Autonomia

Para mandar o produto para o operador logístico, o futuro nos reserva o uso de caminhões autônomos, que virão buscar e levar ao operador. “Isso já é uma realidade, já há frotas operando nas estradas da Europa. E uma vez que a máquina sabe da produção, ela está conectada na torre de controle através da big data, que informa o caminhão para retirar e entregar. Isso traz ganho de produtividade”, complementa Marcelo.

A terceira etapa é imaginar um operador logístico automatizado e inteligente, como mostra a imagem a seguir.

“Imagem só fazer o inventário logístico em real time“, questiona Marcelo. Com a inteligência logística, o inventário físico estará 100% conectado em tempo real.

Aqui surge o conceito do First Unmanned Warehouse, que são os primeiro CDs 100% autônomos.

Do operador logístico, a simulação mostra que o produto vai para os pedidos preditivos. Os produtos são enviados ao operador de maneira antecipada, com base na previsão da demanda.

Assim seria possível a entrega em cada vez menos tempo.

No passo seguinte, Marcelo explica sobre a interação e ação real-time com cliente. Durante a jornada da logística 4.0, será cada vez mais possível mudar a rota e o local de entrega no meio do last mile, pelo seu assistente voz, por exemplo.

E drones poderão fazer a entrega após a mudança de rota.

Tudo isso pode ser algo longe do real, para algumas pessoas. Mas essa logística do futuro está cada vez mais perto de se tornar realidade.

 

Veja a seguir a apresentação completa de Marcelo Terrazzan:

Por Rafael Chinaglia, da Redação do E-Commerce Brasil