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H&M é banida de plataformas de comércio eletrônico na China

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

Várias plataformas de comércio eletrônico na China deixaram de mostrar a loja digital da marca de vestuário sueca H&M na quinta-feira (25), meses depois de a empresa ter anunciado a suspensão da utilização do algodão de Xinjiang.

A decisão da marca deveu-se à alegada utilização de trabalho forçado no setor naquela província autônoma do noroeste da China.

De acordo com a agência de notícias espanhola EFE, as pesquisas da marca sueca nas plataformas JD.com, Taobao, Tmall e Pinduoduo não produziram quaisquer resultados.

Na quarta-feira (24), o Comité Central da Liga Comunista da Juventude chinesa publicou uma mensagem, na rede social Weibo (conhecida como o “Twitter chinês”) na qual perguntava: “Querias ganhar dinheiro na China enquanto espalhas boatos para boicotar o algodão de Xinjiang? Querias!”.

O texto estava acompanhado pelo comunicado da H&M, na qual a marca afirmava proibir “qualquer tipo de trabalho forçado” na sua cadeia de produção “independentemente do país ou região”.

A empresa indicou também que ia pôr fim à relação de trabalho com um fornecedor chinês até que fossem esclarecidas as alegações contidas num relatório, segundo o qual 82 firmas chinesas e estrangeiras tinham beneficiado da deslocalização forçada de membros da minoria uigure.

Boicote às empresas internacionais

Outras empresas, como a norte-americana Nike que, no ano passado, emitiu uma declaração semelhante à da H&M, também foram afetadas por apelos ao boicote de alguns internautas chineses, o que levou o ator Wang Yibo a rescindir o contrato publicitário com a Nike.

Estes apelos a um boicote, meses após as declarações da H&M e da Nike sobre a questão, surgiram na mesma semana em que a União Europeia anunciou sanções contra quatro indivíduos e uma instituição chinesa por alegadas violações dos direitos humanos em Xinjiang.

O Reino Unido, o Canadá e os Estados Unidos também anunciaram sanções idênticas.

No mesmo dia em que estas medidas foram anunciadas, a China respondeu com sanções contra dez indivíduos e quatro instituições da UE.

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Fonte: Dinheiro Vivo