Logo E-Commerce Brasil

Google diz que processo do governo dos EUA é "profundamente falho"

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

O Google afirmou na terça-feira (20) que o processo aberto pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos contra a companhia por supostas violações à legislação de concorrência é “profundamente falho” e que os usuários terão mais dificuldade em acessar ferramentas de busca melhores e celulares se o governo norte-americano vencer o caso.

“A legislação antitruste norte-americana é projetada para promover a inovação e ajudar os consumidores, não para virar o jogo em favor de competidores particulares ou para tornar mais difícil para as pessoas receberem os serviços que elas querem”, disse o vice-presidente sênior do Google, Kent Walker.

O processo aberto pelo departamento e por 11 estados dos EUA afirma que o Google usou seu poder de mercado para afastar rivais, incluindo acordos de distribuição que deram ao seu mecanismo de buscas na internet lugar de destaque em celulares e programas de navegação pela web.

Google responde

O Google afirma que estes acordos, nos quais compartilha receita com distribuidores como a Apple, ajudam a subsidiar o custo de celulares.

Fabricantes poderiam usar outros motores de busca em seus aparelhos, mas os usuários repetidamente mostraram preferência pelas ferramentas do Google, disse Walker. Os consumidores que preferem outros sistemas de busca podem fazer a opção em seus aparelhos, afirmou o executivo.

Forçar os fabricantes de aparelhos e desenvolvedores de aplicativos a definirem “alternativas de busca de qualidade menor” como padrão não é benéfico para os consumidores, disse o vice-presidente do Google.

O executivo também descreveu como incorreta a conclusão do departamento de que ferramentas de busca baseadas em assuntos, como os serviços de viagem Kayak e Expedia ou o site de compras da Amazon, não são competidores do sistema de buscas do Google.

Para a empresa, disse Walker, a popularidade destas ferramentas de buscas reduz a participação de mercado da companhia ante uma situação em que apenas se inclui o mecanismo de buscas Bing, da Microsoft, e outras ferramentas generalistas.

Leia também: Google estuda transformar Youtube em canal de vendas online

As informações são da Reuters