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Plano do Google de bloquear cookies é anticompetitivo, dizem anunciantes à UE

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

O plano do Google de bloquear uma ferramenta de rastreamento da web chamada cookies é anticompetitivo, disse um grupo de anunciantes, editores e empresas de tecnologia em reclamação aos reguladores antitruste da União Europeia (UE).

A reclamação pode impulsionar a investigação da Comissão Europeia sobre a privacy sandbox do Google que, segundo a empresa, poderia permitir que as empresas visassem grupos de consumidores sem identificar indivíduos.

O Google disse há um ano que iria banir alguns cookies em seu navegador Chrome para aumentar a privacidade do usuário e oferecer o privacy sandbox como alternativa.

O Movimento por uma Web Aberta (MOW) disse que a proposta dará ao Google poder de decidir quais dados podem ser compartilhados na web e com quem.

“O Google diz que está fortalecendo a privacidade para os usuários finais, mas não está. O que eles realmente estão propondo é uma festa de mineração de dados assustadora”, disse o advogado do movimento, Tim Cowen, em um comunicado.

A Comissão afirmou que vai avaliar a denúncia de acordo com os procedimentos padrão. Em junho, a comissão deu início a uma investigação sobre os serviços de tecnologia de publicidade gráfica online do Google.

O Google se ofereceu para resolver o caso na tentativa de evitar uma multa e uma investigação prolongada, disse uma fonte familiarizada com o assunto à Reuters na semana passada.

A empresa se recusou a comentar a reclamação do MOW e se referiu à uma declaração anterior, quando ofereceu concessões ao regulador de concorrência do Reino Unido, que descreveu o Privacy Sandbox como iniciativa para dar forte privacidade aos usuários e, ao mesmo tempo, dar suporte aos editores.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos também está examinando a questão, disseram fontes familiarizadas com o assunto à Reuters.

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Fonte: Reuters, via 6 Minutos