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Galpões logísticos da região de Jundiaí pode ter alta de preços em 2021

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

O setor de galpões logísticos expandiu seus negócios em diversas regiões, principalmente devido ao aquecimento do comércio eletrônico no país. Apenas no último trimestre de 2020, o segmento registrou crescimento de 800 mil m² em espaços ocupados quando comparado ao trimestre anterior, segundo pesquisa da consultoria imobiliária Buildings divulgada pela Exame. É o maior número desde 2013, início da série histórica.

Como resultado, a taxa de vacância fechou 2020 em queda: 13,4%. Apesar de ser a menor desde o início da série histórica, em 2013, essa taxa ainda é considerada alta, apontou Fernando Didziakas, sócio diretor da Buildings, à publicação. “Consideramos que começa a haver uma pressão nos preços quando essa taxa fica menor do que 10%”.

Mas essa é a taxa média no país: a região de Jundiaí, a 30 km da cidade de São Paulo, a vacância já está chegando nesse marco. “A taxa de vacância na região passou de 16,7% no terceiro trimestre para 11,6% no quarto trimestre. Se no primeiro trimestre baixar para 10%, haverá uma pressão de preços na região”, disse o sócio-diretor da Buildings.

Apenas na região foram absorvidos quase 260 mil m² no quatro trimestre de 2020, com destaque para Cajamar e Louveira. Na região, há 59 condomínios logísticos, um estoque de 3,8 milhões de m².

Mercado de galpões em expansão

Atualmente, existem 598 condomínios em todo o país que somam um estoque de 24 milhões de m². O setor logístico de São Paulo representa um pouco mais da metade do total: 322 condomínios, um estoque de 13,3 milhões de m². Desse estoque, 121 mil m² foram entregues no quarto trimestre de 2020.

Além do estoque, atualmente 2,7 milhões de m² estão em construção no país, disse Didziakas à Exame. “Há um potencial, portanto, para o mercado crescer 10% no curto prazo. O mercado cresce em média 400 mil m² por trimestre. Temos, portanto, construções para atender ao menos mais um ano de grande crescimento”.

No segmento de condomínio logístico, a construção e a locação são gradativas, ou seja, é possível construir um condomínio logístico e dentro desse espaço, construir galpões em etapas. Portanto, o adicional de metros quadrados considera tanto novos galpões como novos imóveis dentro de cada condomínio.

Afora os imóveis em construção, há ainda 16 milhões de m² na fase de projeto, o que pode fazer com que o mercado dobre de tamanho em até cinco anos, complementa o executivo da Buildings.

Contudo, ele ressaltou à publicação que o fim da pandemia pode provocar uma desaceleração. “O quarto trimestre foi fora da curva, uma coincidência. Há limite para a expansão das principais empresas, que aproveitaram a rápida expansão do comércio eletrônico para se posicionarem no mercado.”

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Fonte: Exame