Freve: Abrava considera novo reajuste do piso mínimo como defasado e ineficaz
A Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) considera que o novo reajuste do piso mínimo de frete rodoviário, atualizado ontem à noite pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), é defasado e ineficaz.
"A tabela já saiu defasada, porque não inclui o último reajuste do diesel de 5%, feito pela Petrobras em 1º de março. Então, já chegamos na metade do gatilho para uma nova atualização", avaliou o presidente da Abrava, Wallace Landim, ao Broadcast Agro, referindo-se ao fato de a tabela considerar o valor do óleo diesel S10, apurado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), no período entre 21 e 27 de fevereiro.
A ANTT publicou os novos valores dos fretes com aumento médio de 6,45%, 7,32%, 7,73% e 8,58%, conforme o tipo de carga, número de eixos, distância do deslocamento e tipo de operação. O reajuste, válido a partir de hoje, considera a alta de 16,03% no preço médio do diesel desde a última publicação da tabela, o que resultou em preço médio de R$ 4,25 por litro. Pela legislação, a ANTT tem de reajustar os valores do frete a cada seis meses ou quando a variação do preço do diesel for igual ou superior a 10%.
Para Landim, também conhecido como Chorão, além da defasagem entre o valor considerado pela tabela e o praticado na bomba, o reajuste da ANTT é também ineficaz pela "falta de fiscalização" da agência reguladora sobre o cumprimento do piso mínimo.
"Mesmo sendo parcial, o reajuste ajudaria à categoria se a ANTT fizesse o piso vigorar, se por meio da fiscalização às empresas tornasse o valor mínimo vigente. Pode haver dez aumentos, se não houver cumprimento da lei não funciona", disse Chorão à publicação.