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Google muda políticas de comércio online para tentar frear a Amazon

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

Os resultados comerciais da Amazon cresceram substancialmente devido à pandemia de coronavírus. A fortuna de Jeff Bezos, fundador da empresa, aumentou quase 20% só neste ano de 2020. Por isso, visando captar uma fatia do mercado de comércio eletrônico, o Google anunciou uma série de medidas para aumentar a competição neste segmento, inicialmente nos EUA.

O Google Shopping, plataforma de vendas da empresa, entre outras ações, decidiu retirar a comissão de vendas, que varia entre 5% e 15%, e também permitir que os vendedores usem outros serviços de pagamento, como o Shopify, e de gerenciamento de pedidos, que antes eram monopolizados pela própria empresa.

O Google também anunciou que a partir de agora os lojistas poderão importar suas listas de produtos prontas com os formatos mais usados no mercado digital. Na prática, os vendedores poderão usar o banco de dados das outras plataformas de comércio eletrônico, sem a necessidade de alteração.

Outra ação tomada pela gigante foi alterar a política que exigia que os vendedores pagassem pelo anúncio e exibição dos produtos nos mecanismos de pesquisa. Agora, essa listagem passa a ser gratuita na intensão de que os lojistas enxerguem o Google como uma opção mais atraente e lucrativa.

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Clientes ainda preferem a Amazon

Nos Estados Unidos, apesar de o Google ser o mecanismo de buscas mais usado, cada vez mais a Amazon tem conseguido sucesso no seu próprio modelo de negócio. Com isso, os usuários passam pelo Google durante as pesquisas, mas, na hora da compra, preferem a Amazon.

Desde 2013, o Google tenta ganhar notoriedade no comércio eletrônico. Até hoje, o gigante de pesquisas já alterou diversas vezes sua lógica comercial para tentar se equiparar a Amazon.

Em 2019, por exemplo, a plataforma adicionou um botão de compra no mecanismo de buscas para que os usuários pudessem fazer suas compras usando cartões salvos em suas respectivas contas. Assim, os consumidores poderiam fazer os pedidos sem precisar sair do Google.

Reforço corporativo

Ainda na tentativa de conquistar o setor, neste o ano, o Google contratou Bill Ready, ex-executivo do PayPal, uma das maiores empresas de pagamentos online. Ready foi contratado para ser presidente de comércio e liderar os esforços de competição contra a Amazon.

Segundo o Google, essas novas políticas já estão em vigor nos Estados Unidos e devem ser lançadas em outros países ainda em 2020. Além disso, a empresa ainda afirma que quer tornar o mercado digital mais acessível para os varejistas de todos os tamanhos e dar mais opções e maneiras aos consumidores para que encontrem melhores produtos, lojas e preços.

As informações são do Olhar Digital