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Fazer marketplace no Brasil é diferente de fazer marketplace na China

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

Responsável por acelerar a transformação digital da Via Varejo, Helisson Lemos, Chief Digital Officer da companhia, expressou sua opinião sobre o futuro dos marketplaces no Brasil. Em um momento que considera como “retomada” — e não como novo normal —, Helisson vê com muito bons olhos mercado digital no país. “Essa retomada é muito aguardada por todos. Há muito mais compradores digitais e, com o retorno da economia, dos empregos e da geração de rendas, o crescimento do comércio digital será exponencial”, prevê. 

Marketplace: uma realidade no mundo

Para ele, não existe outro caminho, senão por meio dos marketplaces. “Na China, as compras por esse canal já representam 90%, enquanto nos EUA são 50% e, no Brasil, chegamos em 30%. O consumidor brasileiro mudou os hábitos de consumo drasticamente na pandemia. Quem já comprava digital está comprando muito mais, e quem não o fazia passou a utilizar o e-commerce”, afirmou, enaltecendo o incremento no número de consumidores digitais.

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Outro ponto, segundo ele, será a utilização do digital pelos atuais lojistas físicos. “Assim como no mundo físico, com lojas de rua e de shopping center, os vendedores online entenderão que é muito mais econômico vender em um marketplace. Afinal, as barreiras de entrada são quase zero, o custo é variável conforme o sucesso e por isso recebem demanda, segurança, meios de pagamento, logística, etc. Há toda uma infra empacotada”. Na Via Varejo, ele diz que o maior desafio estava na “facilitação” da entrada do vendedor físico e online em nosso marketplace.“Sentimos na pele que essa transição deve ser fluida, pois tivemos mais de mil lojas físicas fechadas no Brasil, que tiveram de operar no online. “Durante a pandemia lançamos uma plataforma onde vendedores atendem de forma online. Estamos trabalhando para que em pouco tempo eles possam sugerir aos clientes todos os itens de marketplace, disponíveis em nossos sites”, complementa Lemos.

Ainda segundo o executivo, se antes um processo de integração levava 90 dias, atualmente a empresa já reduziu para menos de uma semana. “Em breve esse processo será em tempo real, atual missão da Via Varejo. Nós melhoramos a tecnologia do nosso marketplace e hoje temos o processo de onboard mais rápido, melhor plataforma para os integradores (conectores de lojas online a marketplaces), ferramentas promocionais, sistema de logística próprio que ajuda no custo competitivo e nível de serviços”, explica o CDO da Via Varejo.

O marketplace é uma realidade no mercado mundial, e não seria diferente no Brasil. Mas, como Helisson destacou, é prioridade dos gestores criarem um ambiente saudável para os sellers. “Aprendemos muito desse modelo dentro da Via Varejo, e continuamos a aprender. Hoje, oferecemos, por exemplo, pacotes de ferramentas com preços promocionais, frete competitivo… O nosso maior esforço é para que o seller seja bem acolhido na plataforma e tenha uma experiência positiva. É preciso oferecer a mesma sensação do ambiente físico, principalmente para quem nunca vendeu online”, encerrou.

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Por Giuliano Gonçalves, via E-Commerce Brasil.