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Faturamento de PMEs no e-commerce deve crescer 23,7% em 2016, estima ABComm

Por: Eduardo Mustafa

Graduado em 'Comunicação Social - Jornalismo' com experiência em negócios, comunicação, marketing e comércio eletrônico e pós-graduado em 'Jornalismo Esportivo e Gestão de Negócios'. Foi editor do portal E-Commerce Brasil, do Grupo iMasters (2015 /2016), e atualmente é executivo sênior de contas na Gume

O aumento dos lojistas de pequeno e médio porte no comércio eletrônico tem aberto uma janela de oportunidade para empreendedores que atuam nesse segmento. De acordo com Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), a participação das PMEs no faturamento do setor saiu de 8% em 2010 para 21% no ano passado. Em 2015, as PMEs faturaram R$ 10,1 bilhões, segundo números da entidade. A expectativa é que haja um aumento de 23,7% em 2016, totalizando R$ 12,5 bilhões

Quem está observando com bastante atenção esse movimentos são os empreendedores Luan Gabellini e Felipe Cataldi. Fundadores da Betalabs, empresa especializada em plataforma de gestão de comércio eletrônico, os empreendedores contam com cerca de 250 de clientes, sendo que 70% são PMEs. Para este ano, a expectativa é que haja aumento de 35% na carteira de clientes. “Mesmo com um cenário externo adverso, continuamos com metas agressivas”, afirma Gabellini.

Além do objetivo de aumentar em 75% o faturamento da empresa em 2016, os empreendedores da Betalabs esperam atingir um novo nicho. A Betalabs promoverá cursos educacionais sobre e-commerce, abordando temas como gestão, tecnologia e marketing. A expectativa é atrair até 150 ingressantes interessados em empreender no comércio eletrônico, em três turmas – presenciais e online. “Acreditamos que o crescimento do mercado gera demanda por profissionais mais qualificados e também interesse de empreendedores e empresários em mergulhar mais fundo no mercado de e-commerce”, pontua Gabellini.

Quem também espera aproveitar esse movimento para incrementar seus negócios é a Tray, empresa especializada em criação de lojas virtuais, pertencente à Locaweb. “Acreditamos que com o atual cenário econômico mais empreendedores e PMEs encontrem no e-commerce uma saída para essa crise”, avalia Eduardo Gimenes, gerente de marketing da Tray. A empresa, que possui 4,5 mil lojistas virtuais na sua base de clientes, sendo que 70% são de pequeno e médio porte, espera crescer sua atuação nesse perfil de empresas. “A expectativa é que a nossa base cresça cerca de 40% esse ano”, afirma Gimenes.

A Tray também observando a crescente demanda por interessados no segmento de comércio eletrônico lançou o seu programa educacional. A empresa desenvolveu uma parceria com a ComSchool e com a ABComm. A parceria consiste na realização de cursos para interessados em abrir uma loja virtual, utilizando a expertise dos professores da instituição e da equipe da própria Tray. A primeira turma ocorreu em janeiro e a próxima deve acontecer ao fim de março. “O curso leva os conceitos fundamentais e os principais pontos para a gestão de uma loja virtual, colaborando para o aumento do conhecimento desse crescente setor e que ainda sofre com a falta de conhecimento”, diz Gimenes.