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Executivo por trás da logística da Amazon deixa cargo após 23 anos

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

Dave Clark, o executivo que transformou a Amazon em um gigante de entregas em todo o mundo, está deixando o cargo de presidente-executivo de consumo da companhia para perseguir outras oportunidades, disse a empresa na sexta-feira (3).

O presidente-executivo da Amazon, Andy Jassy, disse que espera compartilhar uma atualização sobre quem sucederá Clark nas próximas semanas. O último dia de Clark será 1º de julho, após 23 anos na empresa.

A saída solidifica ainda mais uma mudança de gestão na Amazon, que por anos teve veteranos em cargos ao redor do fundador Jeff Bezos. Uma série de saídas de executivos de referência, incluindo vice-presidentes e o próprio Bezos, abalou a empresa, embora a atual administração tenha como objetivo manter o foco no cliente e a mentalidade de startup de seu fundador.

Clark ingressou na Amazon em maio de 1999, um dia depois de se formar em administração. Ele rapidamente subiu na hierarquia da companhia, de um gerente de operações no estado norte-americano de Kentucky até o comando dos setores de varejo, logística e outros negócios voltados para o consumidor da Amazon desde o ano passado. No processo, o executivo construiu uma operação de entrega que rivalizava com a FedEx e a United Parcel Service.

Clark revelou que vinha confidenciando há algum tempo a pessoas próximas seu desejo de deixar a Amazon “para começar uma nova jornada”, mas esperou o momento certo, segundo declaração publicada em seu Twitter,

“Sinto-me confiante de que a hora é agora”, disse ele, acrescentando que a Amazon tem “um sólido plano plurianual para combater os desafios inflacionários que enfrentamos em 2022”.

A mudança coincidiu com um aumento na organização sindical e investigação das condições de segurança, remuneração e rastreamento de produtividade da Amazon. Clark defendeu a Amazon com veemência, ocasionalmente trocando farpas com os críticos.

“Costumo dizer que somos o Bernie Sanders dos empregadores, mas isso não está certo, porque nós realmente entregamos um local de trabalho progressista”, tuitou ele no ano passado.

Mais recentemente, Clark tem enfrentado uma escassez de trabalhadores dispostos a preencher postos o em armazéns e preços mais altos da gasolina. Isso levou à primeira sobretaxa de combustível e inflação da empresa para os comerciantes que pagam à Amazon para entregar seus produtos nos Estados Unidos, entre outras medidas tomadas pela varejista para lidar com os custos.

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Fonte: Reuters, via Forbes