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Estudo revela o melhor e o pior mês do ano para o varejo brasileiro nos últimos 14 anos

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

Dezembro é o mês mais aquecido, com fluxo de clientes 23,8% acima da média mensal. Já fevereiro é o mais fraco, com queda de 10,5% no movimento do comércio Natal, festas e férias. Os eventos típicos de dezembro alavancam o movimento dos consumidores nas lojas de todos os setores. Segundo levantamento inédito da Serasa Experian, considerando a evolução dos últimos 14 anos (2000 a 2013), a atividade do comércio no último mês do ano fica 23,8% acima da média mensal.

O segmento mais aquecido em dezembro é o de tecidos, vestuário, calçados e acessórios, que registra 63,7% a mais em movimentação, seguido por móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática, com alta de 36,8%, e supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas, que tem fluxo 20,3% superior.

Já fevereiro costuma ser o pior mês do ano para o varejo brasileiro, com queda de 10,5% na atividade geral dos segmentos. O setor que mais puxa o segundo mês do ano para baixo é o de tecidos, vestuário, calçados e acessórios, que registra no mês declínio de 30,0%, em relação à sua média mensal histórica. De acordo com os economistas da Serasa Experian, o menor número de dias úteis, considerando ainda o Carnaval, que geralmente cai em fevereiro, ajuda a fazer do segundo mês do ano o mais fraco. O acúmulo de contas típicas de começo do ano, como IPVA, IPTU, material escolar, entre outras, também colaboram.

Os altos e baixos desse movimento também se justificam pelo comportamento das famílias durante o ano. Entre julho e novembro as lojas de materiais de construção registram atividade acima da sua média mensal histórica. Segundo os economistas da Serasa Experian, as reformas são mais comuns no segundo semestre porque, entre outros fatores, o orçamento está menos comprometido com as despesas, que já foram pagas no começo do ano, além da preocupação de deixar a casa mais bonita para receber os familiares e amigos no fim de ano. As condições climáticas (menor incidência de chuvas no período) também favorecem essa demanda superior.

Da mesma forma, as vendas de carros, motos e peças ficam acima da média a partir de julho, mantendo-se assim até dezembro. O mesmo acontece com o setor de combustíveis e lubrificantes. Para ambos os segmentos, agosto é o mês mais forte, com movimentações de 6,6% em veículos e 3,4% em combustíveis e lubrificantes, acima das respectivas médias mensais. A partir do segundo semestre, muitas concessionárias costumam vender a frota atual porque sabem que em breve os modelos do ano seguinte serão lançados e terão a preferência dos clientes de carro zero. Eventos assim explicam o aquecimento sazonal, ressaltam os economistas.