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Especialista elenca estratégias para otimizar vendas em diferentes marketplaces

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

Raul Prado sabe na pele como as vendas em marketplaces dependem de processos e muitas tentativas e erros. “Vendo em mais de 10 marketplaces simultâneos, então esse ‘teste’ é diário na minha empresa”. Proprietário das Lojas Mineiras, Prado começou sua apresentação no Marketplace Conference 2022 citando dicas para vender na Amazon, que você acompanha a seguir!

Nessa plataforma, ele recomenda usar e abusar da “central de ofertas”. No entanto, ressalta que se posicionar nas três primeiras linhas é impraticável, por conta do preço baixíssimo que a Amazon estipula. “Eu consigo aproveitar a linha onde a Amazon sugere um produto com o preço bem mais caro, que fica mais para baixo. É o ‘pulo do gato’ para expor o produto”. Para fazer isso, no entanto, sugere colocar o produto com a oferta comercial “vendável”, e não com valor nas alturas. “Reduza o preço, mas deixe uma margem de lucro”, aconselha.

Outra estratégia forte na Amazon, segundo Prado, é usar e abusar da página de marca que ela dispõe. “É importante ter presença de marca para promover robustez e força dentro do marketplace”. Esse recurso, aliás, ele diz que empresas como Shopee, Mercado Livre e AliExpress também oferecem. “Eu tento levar o meu layout para dentro do marketplace, bem próximo de como ele é originalmente. Essa estratégia, aliás, é muito utilizada pela Apple, que passa a sensação de estar dentro do site da empresa nos marketplaces”.

Dicas e estratégias para aplicar no marketplace da Via

As ferramentas disponíveis da Via, segundo o especialista, também são interessantes. Aqui, ele destaca, por exemplo, a “Desconto de Catálogo”, onde diz que a Via banca 100% dos descontos que decide patrocinar. “Muitas vezes, isso possibilita aplicar preços que são impossíveis até mesmo no meu site. No meu caso, pego os cupons e descontos e passo a fazer publicidade dentro dos marketplaces. Divulgo nas minhas redes sociais e somo forças com o marketplace para aproveitar o desconto que eles estão bancando”.

Além da dica anterior, Prado destaca os benefícios do serviço de fulfillment da Via lançado esse ano. “Eles oferecem até mesmo um gestor de contas para quem adere. No entanto, é preciso ter um produto bom, com preço atrativo. Mas eu posso dizer que esse assessor de contas dá uma ajuda grande”. Prado afirma que dentro dessa ferramenta já presenciou descontos de 30% para pagamentos em boleto – e reforçou a missão de ficar atento aos descontos que a Via sugere.

Recomendações para o marketplace da Americanas

Já no marketplace da Americanas, a sugestão de outro mencionada por Prado é em relação à precificação. Ele diz que, ao invés de vender um produto por R$ 99 no preço a prazo, o lojista pode anunciar por R$ 110, mas com 10% de desconto no pagamento à vista. “Dessa forma, você deixa o produto pelos mesmos R$ 99 planejado no início, porém pode ter um lucro de 20% no caso de a pessoa o adquirir a prazo”.

Outro ponto que ele evidenciou no evento foi em relação ao “americanas indica”, recurso da empresa que aumenta a exposição do produto, assim como otimiza a tabela de frete. “Nem sempre se trata do produto com o preço mais em conta. Ainda assim, ele ainda aparece entre os primeiros da lista”, diz.

Shopee: o que fazer e o que não fazer no marketplace

Apesar de a Shopee mudar suas regras com frequência, Prado diz que ainda é recomendável utilizar as ferramentas de marketing da plataforma. Isso porque, segundo ele, há soluções que batem com os perfis de pessoas que compram nesse marketplace. “Crie campanhas nessa ferramenta para compras com um valor um pouco mais caro do seu tíquete médio, a fim de ter uma reserva para bancar o brinde ou cupom de desconto”.

É possível, ainda, criar kits com o produto principal, com valores que variam de acordo com o que o cliente irá levar. “Nessa estratégia, quem entra vai atrás de preço. Por isso mesmo o seu produto fica bem posicionado”. Porém, o especialista alerta em relação a importância de não descrever o título do produto como “kit”. Pelo contrário, salienta que é preciso deixar clara a escolha para o cliente e, principalmente, ficar de olho no estoque. “A pessoa pode comprar achando que vai receber 2 produtos, por exemplo, e receber apenas um, uma vez que existe o risco de um deles acabar no estoque”.

Ao ser questionado sobre como gerenciar as entregas (tanto na Shopee quanto em outros marketplaces), Prado diz que sempre analisa a tabela de produtos que foram extraviados ou tiveram algum problema e, caso não seja resolvido, entra na justiça. “Se você estiver com a razão, não tenha medo de ter a conta suspensa por qualquer que seja o motivo”.