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59% das empresas já sofreram algum tipo de ciberataque, revela pesquisa

Por: Júlia Rondinelli

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e especialização em arte, literatura e filosofia pela PUC-RS. Atua no mercado de e-commerce desde 2018 com produção técnica de conteúdo e fomento à educação profissional do setor. Além do portal, é editora-chefe da revista E-Commerce Brasil.

A evolução dos setores tecnológicos é constante. Porém, ao mesmo tempo em que aumenta a quantidade de soluções no mercado, proporcionalmente aumentam também os riscos para a segurança digital, principalmente no e-commerce.

Considerando todos esses pontos, a empresa AX4B, consultoria com especialização em Segurança da Informação, realizou uma pesquisa com 20.480 empresas de todo o Brasil, tendo como objetivo analisar a vulnerabilidade contra os ataques hackers e os resultados são alarmantes.

“Muito se fala em proteção contra ataques hackers, mas ainda percebemos que boa parte das empresas no Brasil não estão preparadas para evitar essas ameaças”, comenta Rômulo Oliveira, Gerente de Marketing da AX4B. De acordo com o levantamento, 59% das empresas já sofreram algum tipo de ciberataque, invasão ou sequestro de dados.

“A pesquisa nos revelou uma informação preocupante, pois estamos falando desde pequenos ataques até as grandes invasões, como as noticiadas nos telejornais. Pequenas e médias empresas são as que mais sofrem com ataques, já que o empreendedor com medo de perder as informações se sujeita a pagar pelos resgates cobrados pelos hackers. Muitas vezes, uma solução de antivírus e backup em nuvem teria evitado o ataque”, explica o executivo.

Prejuízo para as empresas

Os resgates diante de ataques cibernéticos podem variar conforme o tamanho da empresa e os dados obtidos pelos hackers. Tudo dependerá do quanto de informações foram sequestradas pelos invasores. “Já vimos indústrias pararem totalmente a atividade por duas semanas pois toda a linha de produção e a área administrativa foi comprometida pelo ataque, além disso, pagaram cerca de R$ 400 mil em criptomoedas. As quantias para pequenas e médias empresas podem variar de R $10 mil a R $50 mil”, acrescenta Oliveira.

64% das organizações não possuem nenhuma solução antivírus

Para deixar a situação ainda mais preocupante, a pesquisa aponta que as empresas não estavam preparadas para os primeiros ataques e nem mesmo para os futuros. 64% dos entrevistados afirmaram que não possuem nenhum tipo de proteção, como antivírus, o que evidencia a falta de segurança nas empresas.

Além disso, 53% afirmaram não ter implementado nenhuma solução de backup em nuvem. “As pessoas possuem a falsa impressão de segurança, por serem empresas desconhecidas acreditam que não são alvos de hackers. Mas isso não existe, hackers tentam se aproveitar de qualquer empresa com brechas em sua estrutura de segurança.” complementa Romulo Oliveira.

Perspectiva de melhora

Apesar desta evidente vulnerabilidade de um grande número de empresas brasileiras, é fato que a preocupação dentro delas começa a aumentar, principalmente à medida em que casos de grande repercussão acabam ocorrendo.

Não à toa, os entrevistados também foram questionados se considerariam uma solução de proteção cibernética para suas respectivas organizações: 76% responderam que sim, contra 24% que não.

“É importante que a empresa mantenha os softwares atualizados, crie políticas de uso dos equipamentos corporativos e treine os colaboradores para identificar sites e e-mails fraudulentos”, finaliza Oliveira.

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