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Em tempos de crise e-commerces aprimoram ofertas para atrair consumidor

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Inflação em alta, emprego em queda e renda menor estão afastando os brasileiros das lojas, mas não das promoções – sobretudo na internet. Os consumidores estão mais seletivos e cuidadosos com o dinheiro, mas, ainda assim, o comércio eletrônico mantém a trajetória de alta. 

De acordo com dados da E-bit, empresa especializada em informações de e-commerce, o brasileiro está comprando menos em 2015, mas, quando compra, gasta mais: o valor médio gasto em compras on-line ficou em R$ 377 nos primeiros quatro meses do ano, uma alta de 15% se comparado com o mesmo período do ano anterior. E na hora de comprar, são os descontos que fazem diferença.

“Com o cenário econômico menos favorável, os comparadores de preço e sites de desconto ganham importância, pois ajudam a encontrar produtos com o melhor o custo-benefício”, diz o diretor de Inteligência e Pesquisa do E-bit, André Ricardo Dias.

Segundo estudo da consultoria Nielsen, as promoções do varejo no Brasil têm um peso sem igual no planeta. As ofertas são um critério para a escolha em 19% das decisões de compra dos brasileiros. A média global é de apenas 5%. 

Para aproveitar o bom momento do e-commerce e o gosto dos brasileiros por promoções, empresas consolidadas e startups investem em inovação para atrair clientes. 

Após a decepção com as compras coletivas, as empresas apostam em novos formatos, como comparadores de preços, monitoramento de ofertas e cupons de descontos, com foco em dispositivos móveis.

A CEO do site CupoNation, Maria Fernanda Junqueira, explica que o brasileiro está aprendendo a usar o cupom, que é diferente de oferta. No primeiro caso, o usuário recebe um código, que deve ser colocado em um campo específico ao fechar a compra no site. Na oferta, o desconto já aparece no preço.

“As vendas por cupom de desconto equivalem a 3% do e-commerce, mas esse número vai crescer e o mercado atingirá a maturidade em três anos”, diz.

E há espaço para mais inovações, como a Méliuz, que devolve parte do valor da compra para o cliente e o app AondeConvem, que usa a tecnologia de geolocalização para mostrar em formato digital os encartes de promoções dos varejistas mais próximos do usuário. 

As propostas são diferentes, mas têm um único objetivo: atrair o consumidor. Veja abaixo oito apps e sites que ajudam a economizar nas compras.

Fonte: Estadão