Logo E-Commerce Brasil

É possível (e recomendado) investir em branding em pequenos negócios

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista e editor do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

Quando se fala em branding e posicionamento de marca, muitas vezes surge cria-se a ideia de que é algo exclusivo de grandes empresas. Foi justamente nesse cerne que André Yui, Fundador e CEO da Keydesign, apresentou seu conhecimento para provar que não é uma verdade. Pelo contrário, ele mostrou na Conferência E-Commerce Brasil Paraná – 2020 que é possível, sim, investir em branding em pequenos negócios e criar uma base de clientes leais.

Dentro dessa construção de branding, aliás, Andre ressaltou a importância de fazer esse trabalho para conquistar a fidelização de público. “Ao falar de branding, muitas vezes o termo é limitado aos aspectos visuais de uma marca. Porém, ele vai muito além, com objetivo de criar uma recorrência e fidelização de público”, disse. Para uma empresa que foca exclusivamente no processo objetivo, de vender produtos, o lado da “presença de marca” é deixado de lado e dificilmente o pequeno negócio conquistará uma conexão emocional com o cliente.

O branding, portanto, acaba se tornando uma ferramenta para fugir daquela briga por preços. “Quando uma marca consegue a conexão com o público, automaticamente ela aumenta seu poder competitivo e otimiza suas margens”, explicou. Ainda assim, ele reforça que se trata de uma estratégia de médio e longo prazo, específico para a construção de um terreno forte e saudável ao negócio. “Isso não é possível para uma empresa que investe exclusivamente em performance”, garantiu Andre.

Branding e o uso de influenciadores

Dentro da criação de marca, Andre mostrou a oportunidade de trabalhar a imagem da empresa utilizando influenciadores digitais. “Falar de construção de marca é falar a verdade ao público. Em branding, eu busco o relacionamento duradouro. Por isso mesmo devo reforçar a confiança do meu consumidor. Ao utilizar um influenciador que transfere essa imagem de modo transparente, sem ruídos, consigo fazer captação de atenção”. Nesse ponto, ele recomenda buscar influenciadores mais em conta e criar uma sinergia com eles — a fim de crescer os dois lados.

“Ao conquistar uma sinergia com o influenciador, a empresa passa a ganhar espaço de forma orgânica. O influenciador adquire maturidade em seu processo e passa a ter mais protagonismo para trabalhar de forma livre”. No fim, todos os lados ganham”, reforça Andre. No médio e longo prazo a empresa consegue escalar de forma saudável essa ferramenta e apostar em diversos outros micro influenciadores — consequentemente aumentando o alcance da marca.

Branding e o marketplace

Ao administrar a imagem de uma empresa, a marca tem muito mais controle sobre o negócio. Automaticamente, ela é capaz de criar um mapa de mercado e saber quais são os segmentos e concorrentes que atuam naquele marketplace e definir qual será o target de atuação. “Quando eu sei o meu posicionamento como marca, fica mais claro justificar se eu entro em determinado mercado, pois eu sei o que eu tenho de diferente das demais”.

Storytelling

Um dos pontos levantados por Andre no evento foi o “como queremos ser vistos como marca”. Ter o conhecimento sobre isso é imprescindível para a empresa entender em qual pilar irá construir a história da marca. “Aqui vale ancorar no conceito do storytelling, de forma consistente para gerar credibilidade na história da marca, de forma consistente”. Dentro desse momento, Andre garante que a marca tem o potencial de criar uma comunicação mais emocional, a qual aplicará dentro da sua estratégia de marketing.

Identidade visual

Somente após passar por todo esse caminho, segundo Andre, é o momento de pensar na identidade visual da marca. Para ele, todos os lados devem conversar de modo coeso para, então, levar a mensagem adequada. “Para desenvolver e implementar uma boa estratégia eu sempre recomendo um alinhamento do time. Se essa história não é contada de forma limpa internamente, certamente será mais difícil colocar no papel”, concluiu.

Por Giuliano Gonçalves, via E-Commerce Brasil.