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E-commerces já devem se preparar para a Black Friday para evitar prejuízos multimilionários, diz CEO da Sofist

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

A Black Friday é o evento mais importante do varejo online brasileiro. Em 2019, a data gerou R$ 3,2 bilhões em vendas — um número 23,6% maior do que em 2018. A cada ano que passa, o evento ganha mais destaque entre os consumidores e atrai mais lojistas.

Por conta da importância da data, os e-commerces necessitam planejamento. Para aproveitar todas as oportunidades geradas pelo evento, as lojas virtuais precisam se preparar previamente.

Mas não seria julho muito cedo para começar a pensar na Black Friday? Bruno Abreu, CEO da Sofist — empresa com foco em ajudar e-commerces a identificar falhas que impactam a conversão e a experiência do usuário através de testes profissionais de software —, garante que não.

“Conheço empresas que começam a se preparar para a Black Friday assim que a anterior termina. É um projeto vivo. Quanto mais cedo as empresas começarem o planejamento, melhor elas conseguirão atender aos seus consumidores”.

Muito além das promoções: a importância da TI

Por mais que o evento seja conhecido pelos descontos dados a produtos muito procurados, a Black Friday dentro das empresas vai muito além disso. Para ter sucesso é necessária uma sólida preparação na área de tecnologia.

“O que vai dar suporte às promoções e campanhas do marketing e do comercial é a estrutura de TI da empresa” diz Abreu. “Imagine que durante o evento o site cai e não permite que os usuários façam suas compras. Todas as estratégias são fatalmente prejudicadas nesse cenário”.

Segundo Bruno Abreu, falhas técnicas como lentidão ou indisponibilidade nos sites ao longo da Black Friday foram grandes problemas para as empresas nos últimos três anos. Só em 2019, os e-commerces perderam R$ 132,05 milhões devido a esses problemas.

Esse foi o resultado do estudo anual realizado pela Sofist em 2019, que acompanhou 104 lojas virtuais desde a abertura do evento, na quinta-feira à noite, até o final da Cyber Monday.

O estudo apontou que o tempo médio de carregamento das páginas monitoradas foi de 4,3 segundos. Ainda que possa parecer um tempo aceitável, um relatório da Akamai (líder global em serviços Content Delivery Network – CDN) relata que atrasos de apenas 1 segundo no carregamento de um e-commerce podem prejudicar a conversão em mais de 20%.

Além disso, “em cenários mais críticos, chegamos a captar o site de um grande varejista com 13,5 segundos de tempo médio de carregamento”, relata Abreu. “Fora a indisponibilidade: juntos, os sites monitorados ficaram mais de 88 horas fora do ar! Essa foi a causa do prejuízo multimilionário que essas lojas tiveram”.

O CEO diz que esses são problemas que não poderiam acontecer em uma Black Friday. “Como a concorrência é mais alta do que em dias normais, não dá para esperar que o consumidor seja paciente. Ele certamente comprará de quem oferecer a melhor experiência, mesmo que a oferta não seja exatamente a mais vantajosa”.

O que fazer para evitar o prejuízo?

Para Abreu, o primeiro passo para evitar todos esses problemas seria entender antecipadamente como o e-commerce se comporta com milhares de pessoas o acessando ao mesmo tempo.

“O número de acessos simultâneos em uma Black Friday é muito maior do que em um dia comum. Tentar entender quantos usuários se espera receber e simular esse número de acessos na plataforma para descobrir se ela aguenta é um ótimo começo”, afirma Abreu. “Testes de carga e stress são muito úteis nesse sentido”.

Após essa simulação, as empresas terão em mãos uma série de pontos para trabalhar pensando na Black Friday. “Pode-se descobrir que são necessárias otimizações no código, redimensionar os servidores ou até mesmo repensar como é feito o cache da aplicação”.

Outro ponto para se ter atenção é em relação aos plugins de terceiros (programas que adicionam funções aos e-commerces, como antifraude, reviews ou afiliados). No último ano, o estudo da Sofist constatou que falhas em plugins foram responsáveis por problemas de performance em 84,6% dos sites.

“Em um dos casos, um plugin causou tanto problema que uma plataforma de e-commerce emitiu um comunicado oficial recomendando que clientes o removessem do site para não prejudicar vendas”, comenta Abreu.

Abreu reforça que quanto mais cedo a preparação começar, mais chances de obter sucesso as empresas têm. “O planejamento prévio dá mais tempo de manobra para os varejistas. Quanto mais cedo problemas e oportunidades forem identificados, mais tempo há para que as empresas de adequem”.

Com isso, Abreu acredita que é possível oferecer a experiência que os consumidores merecem. E, a partir disso, garantir sucesso na Black Friday.

Bruno Abreu é CEO e cofundador da Sofist, empresa que ajuda e-commerces para que seu crescimento ocorra com velocidade e confiança. Há 11 anos, suas soluções para detecção de problemas em software evitam que a pressão por evoluções técnicas em produtos digitais prejudique a experiência dos usuários, principalmente na jornada de compra. Nos últimos anos, apoiou com sucesso mais de 150 empresas diferentes em mais de 1300 projetos distintos, incluindo Magazine Luiza, Via Varejo, iFood, Webmotors, Whirlpool, Arezzo&Co, Reclame Aqui, Wavy, Fast Shop, Itaú e Netshoes.