Logo E-Commerce Brasil

E-commerce paulista tem faturamento real de R$ 15,1 bi em 2015, aponta FecomercioSP

Por: Eduardo Mustafa

Graduado em 'Comunicação Social - Jornalismo' com experiência em negócios, comunicação, marketing e comércio eletrônico e pós-graduado em 'Jornalismo Esportivo e Gestão de Negócios'. Foi editor do portal E-Commerce Brasil, do Grupo iMasters (2015 /2016), e atualmente é executivo sênior de contas na Gume

O comércio eletrônico paulista registrou faturamento real (já descontada a inflação) de R$ 15,1 bilhões em 2015, queda de 0,6% na comparação com 2014, quando alcançou R$ 15,2 bilhões. Em termos nominais, o setor apresentou alta de 8,4% na comparação com 2014, uma significativa desaceleração em relação aos 26,4% de crescimento registrado entre 2013 e 2014. É o que aponta a segunda edição da pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), realizada por meio de seu Conselho de Comércio Eletrônico, em parceria com a E-bit.

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico FecomercioSP/E-bit traça as comparações entre o faturamento mensal do e-commerce e das lojas físicas no Estado, segmentado em 16 regiões. Também são disponibilizados dados sobre os números de pedidos, tíquete médio e variações reais e nominais das vendas do setor.

O varejo online paulista fechou o ano de 2015 com aproximadamente 41 milhões de pedidos, com tíquete médio de R$ 368. Apesar da leve retração em termos reais, o comércio eletrônico apresentou um desempenho superior ao do varejo restrito (que não considera o faturamento dos setores de material de construção, autopeças e acessórios e concessionárias de veículos) e respondeu por 3,5% do total do faturamento do varejo, que atingiu aproximadamente R$ 436,1 bilhões no ano. Em 2014, a participação do e-commerce no faturamento total do varejo restrito estava em 3,3%.

Segundo a Federação, o comércio eletrônico ainda ganha espaço por causa da mudança de comportamento do consumidor e da diversidade de produtos disponíveis, mas também sente os efeitos da inflação elevada, dos juros altos, da escassez de crédito e do aumento do desemprego. Além disso, a disseminação das compras pela internet, mais frequentes entre os consumidores mais escolarizados e de maior renda, perdeu força nas camadas mais pobres, as mais afetadas pela crise.

No último trimestre do ano, o faturamento real do varejo online registrou R$ 4,5 bilhões, queda de 5% em relação a 2014 (R$ 4,7 bilhões).

Black Friday
A pesquisa mostra ainda que novembro se reafirmou como o principal mês do ano para o varejo eletrônico paulista. No mês, o faturamento real atingiu R$ 2 bilhões, o que representou 13% do faturamento do ano e 5,2% do faturamento de todo o varejo restrito (a participação em todo o ano de 2015 ficou em 3,5%).

A Black Friday também ganhou relevância no calendário do comércio paulista, já que a participação do varejo eletrônico nas vendas do mês saltou de 4,1% em novembro de 2013 para 4,8% em 2014 e 5,2% em 2015.

Capital
O comércio eletrônico paulistano fechou 2015 com faturamento de R$ 5,5 bilhões e mais de 16 milhões de pedidos. Com relação ao gasto por pedido, a capital apresentou um dos menores tíquetes médios do Estado: R$ 346. Em 2013, esse valor era de R$309, e de R$ 311 em 2014.

De acordo com a Federação, entre as 16 regiões analisadas, São Paulo ficou nas primeiras colocações no ranking de participação do e-commerce no varejo restrito­ – ficando atrás somente do Litoral (4,4%) -, a qual passou de 3,6% em 2013 para 4,3% em 2014, mesmo valor registrado em 2015.

Em novembro, por causa da Black Friday, o comércio eletrônico respondeu por 6,6% de todo o faturamento do varejo paulistano.