Para Luis Cambraia, Head de Vendas da Neotrust, “entender onde estão as barreiras no momento de tomada de decisão e saber onde não ir também é estratégico”. Seguindo essa linha de pensamento, ele assegurou no evento Congresso RS ’23 que o varejo digital segue em ascensão, mais forte inclusive do que em 2019 — e acredita que o crescimento siga em 2024.
Categorias
Entre os destaques do especialista, a categoria mais importante no e-commerce segue a de Moda e Acessórios (apesar das quedas). Mobile, segundo ele, movimentava 25%, e hoje está por volta de 15%, o que impacta no decréscimo do varejo eletrônico. “No entanto, Eletrodomésticos cresce, o que mostra um aumento o tíquete médio”.

As categorias que não deixaram de crescer no e-commerce foram: Saúde (segunda mais importante em volume de pedidos), que “ainda” não permite a compra de medicamentos com receita; e Petshop, que o consumidor passa a comprar cada vez mais (com investimento pesado de empresas como Pets, Petlove, Cobasi, entre outras).
Importância do 3P nos Marketplaces
Marketplace volta a ter força no digital da região Sul, assim como o D2C cresce acima da média. “Ao considerar o 3P, isso fica ainda maior, com a indústria aprendendo a operar o varejo digital”.
Características do varejo digital da região Sul
No sul do país, o custo do frete é maior, e por isso mesmo o tíquete médio é menor (R$ 499,3). Ainda assim, de acordo com Cambraia, não significa um problema, uma vez que são feitos mais pedidos.
“A região Sul está bem alinhada e distribuída, com mais oportunidades vindas do interior, com 80% das vendas. Em um comparativo São Paulo é similar, mas RJ e BH já são diferentes, tal qual o Nordeste”.
Variação por cidade do Rio Grande do Sul
Durante a apresentação, Cambraia mostrou dados sobre variação de faturamento online por cidades do RS. Os maiores crescimentos foram:
- Rainha do Mar (52%);
- Charua (40,8%);
- André da Rocha (40,7%);
- Barra do Rio Azul (38%);
- Vale dos Vinhedos (37%);
- Inhacorá (32,3%);
- Paulo Bento (31,3%);
- Barra do Quaral (22,8%);
- Anta Gorda (21,5%);
- Sinimbu (13,2%).
Apesar do crescimento de algumas cidades, Cambraia também trouxe dados de regiões que tiveram as maiores quedas. São elas:
- Caxias do Sul (19,5%);
- Santa Maria (13,9%);
- Canoas (13,8%);
- São Leopoldo (12,9%);
- Porto Alegre (12,6%);
- Rio Grande (11,8%);
- Gravataí (11,7%);
- Novo Hamburgo (11,3%);
- Pelotas (11,2%);
- Passo Fundo (9,1%).
Faturamento por categoria
Ao analisar o faturamento das categorias no Rio Grande do Sul, o especialista trouxe um comparativo com o restante do país. Em Eletrodomésticos, por exemplo, a região ficou acima do país: 19,8% frente 17%.
Telefonia, que liderou o faturamento online no Brasil, teve 17,9% do faturamento. Na região Sul, porém, esse número ficou em 16%. Moda e Acessórios, já sinalizada como muito importante no e-commerce, teve faturamento de 13,1% no Sul, enquanto no país a média foi de 15%.
Black Friday
Ao longo do Congresso RS ’23, Cambraia também tocou no tema Black Friday, data tão esperada pelo varejo digital. Ao mencionar sua pesquisa “Panorama Black Friday 2023”, realizada pela GLOBO, ele destacou que 37% da população afirma estar indecisa sobre a participação nas compras da Black Friday deste ano
Segundo ele, trata-se de um aumento notável em relação aos 12% registrados em 2022. “Essa incerteza abre uma oportunidade para as empresas persuadirem os consumidores indecisos a participarem ativamente deste evento de compras”, destacou. O conteúdo completo pode sobre a Black Friday pode ser acesso aqui.