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E-commerce faturou US$ 77 bi a mais desde início da pandemia, aponta Adobe

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

A pandemia aumentou ainda mais a relevância do e-commerce. Só nos Estados Unidos, o comércio eletrônico faturou, entre março e junho, US$ 77 bilhões a mais do que o esperado, segundo o mais recente relatório Digital Economy Index (DEI), da Adobe.

O estudo analisa em tempo real o poder de compra digital dos consumidores. Além de demonstrar os grandes impactos da pandemia da Covid-19 nos EUA, com dados das transações online de junho, já e apresenta possíveis tendências para a economia digital.

Segundo os pesquisadores, só em junho, o gasto online foi de US$ 73,2 bilhões, aumento de 76,2% na comparação com números do mesmo mês de 2019. Os níveis de compra do e-commerce estão, aliás, maiores que os do período de festas (novembro e dezembro) do ano passado.

“O cenário atual é complexo, e está em constante transformação. Por conta da quarentena, era esperado um crescimento das vendas online, que já estavam em ascensão. Entretanto, o estudo mostra que esse crescimento foi muito mais significativo do que havíamos imaginado”, comenta Stella Guillaumon, general manager na Magento, um companhia Adobe.

O isolamento social e a quarentena também reforçaram a relação dos consumidores com lojas online. O fluxo de clientes novos e o de clientes que retornam depois da primeira compra — movimento que impulsionou o aumento do gasto em maio — diminuiu em junho, mas o nível de consumidores leais (aqueles que fizeram duas ou mais compras) permaneceu estável.

De acordo com a Adobe, isso aponta uma tendência de fidelização dos clientes, que, depois de se adaptarem ao comércio online, estão, aos poucos, tornando as compras pela internet um hábito.

E-commerce x loja física

Embora essa modalidade mantenha alto crescimento ano a ano — 130% em junho —, com o início da reabertura das lojas esse número diminuiu 21% em relação ao constatado em maio. Ainda assim, 23% dos consumidores preferem comprar online e retirar na loja a receber os produtos em casa, provavelmente porque conseguem economizar o preço do frete e receber o pedido com mais agilidade.

E-commerce no supermercado

O relatório também aponta a redução de um padrão do começo da pandemia: a compra de grandes quantidades de itens de supermercado para estocar.

Em fevereiro, ante a preocupação quanto aos efeitos da pandemia, o tamanho médio do carrinho de compras online desses itens começou a crescer, e agora está diminuindo. Essa redução está relacionada a fatores como aumento dos preços, reabertura de lojas físicas e consumidores mais habituados ao cenário atual.

Preços e inflação

Ainda sobre itens de supermercado, sua inflação foi de 2,6% na comparação ano a ano. Neste primeiro semestre, os preços desses itens aumentaram 4%, valor 5 vezes maior que o registrado no mesmo período de 2019.

Em relação à categoria de vestuário, os preços aumentaram 4,3% ano a ano em junho; já o valor de computadores subiu 6,2% desde março.

Metodologia

O Adobe Digital Economy Index oferece o conjunto mais abrangente de insights com base na análise de mais de 1 trilhão de visitas a sites e mais de 100 milhões de produtos. O Adobe Analytics mede transações de 80% dos principais varejistas online dos EUA.

Confira outros dados e as atualizações do Adobe Digital Economy Index (em inglês).

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