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E-commerce brasileiro deve faturar R$ 39,5 bi até final do ano

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

O mês de agosto de 2014 foi marcado pela realização do maior evento sobre e-commerce da América Latina, o Fórum E-commerce Brasil, que reuniu mais de 4 mil profissionais da área. No evento, Vivianne Vilela, Diretora Executiva do E-Commerce Brasil, lembrou que o comércio eletrônico é o segundo setor da economia nacional que mais cresce depois do agronegócio. Somente até o final de 2014, o segmento deve faturar R$ 39,5 bilhões, valor que representa um crescimento de 27% em relação a 2013, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). 

Ao lado da evolução de uma loja virtual está a necessidade simbiótica de implementar uma estrutura de pagamentos adequada, avalia Jean Christian Mies, Vice-Presidente Sênior da Adyen para a América Latina. “Uma estratégia de pagamentos bem definida é fundamental para que um e-commerce possa expandir e capturar novos consumidores. Mais do que isso, este planejamento possui uma influência forte sobre o faturamento e a margem de lucro do negócio”, afirma o executivo. “O Brasil, aliás, está cada vez mais habituado a ter cases de sucesso em pagamentos online: empresas como Facebook, Google, Dafiti, Netshoes e Easy Taxi operam de forma local alavancando o crescimento do setor no País, uma vez que para estas empresas a escolha do parceiro de pagamentos se torna crucial para a sua expansão”, complementou Jean. 

Maturação do e-commerce x Meios de pagamento
 
A estratégia de pagamentos correta não se resume somente à escolha dos meios de pagamento a serem ofertados em um site, mas está também relacionada com a maneira como é feito o monitoramento da eficiência destes meios. Isso pode ser feito através de análises de conversão, testes A/B e análises de taxas de aprovação de determinadas bandeiras. Além disso, é fundamental o monitoramento contínuo de possíveis falhas que podem causar a perda de vendas como parte importante deste planejamento. Atualmente, as empresas de e-commerce já são capazes de monitorar os níveis de serviço de bancos adquirentes, assim como as taxas de erro em transações com cartões de crédito. Esse monitoramento assegura que a loja possa contatar um cliente caso ocorra uma falha no processamento de sua transação ou que a loja roteie suas transações a um adquirente alternativo em casos de falhas do seu adquirente preferencial. Otimizar e potencializar os rendimentos através de uma estratégia de pagamentos eficiente são, portanto, fatores que contribuem fortemente para a maturação de um e-commerce.

Desafios para o e-commerce no Brasil 

Um fator que ainda dificulta o crescimento do setor são as limitações tecnológicas e regulatórias presentes em muitos mercados emergentes como o brasileiro. “Muitos bancos e adquirentes utilizam tecnologias ultrapassadas para processar pagamentos e, portanto, não são capazes de oferecer um valor agregado em termos de funcionalidades e estabilidade às empresas de e-commerce internacionais”, avalia Jean Christian Mies. Por essa razão, empresas de grande porte optam por utilizar adquirentes internacionais antes de se conectar a um player local que não atende seus requisitos. Para finalizar, Jean ressalta que a falta de uma regulamentação em vários mercados emergentes impede a entrada de players internacionais com tecnologias mais avançadas.