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Webshoppers: e-commerce fatura R$ 60 bi impulsionado por autosserviço

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

O e-commerce brasileiro ultrapassou a marca de R$ 60 bilhões em faturamento e atingiu 148 milhões de pedidos em 2020, segundo dados da 41ª edição do Webshoppers, o mais amplo relatório sobre e-commerce do país elaborado semestralmente pela Ebit|Nielsen — em parceria com a Elo.

“O resultado do e-commerce têm números superlativos. Mostra que o ambiente online realmente virou a sala da casa dos brasileiros, ele se sente confortável ali”, afirmou a líder de Ebit|Nielsen, Julia de Ávila.

“Não por acaso, o resultado do faturamento nos quatro primeiros meses deste ano somou R$22,9 bilhões (De 1º de janeiro até 30 de abril de 2020), 32% do resultado de todo 2019”, afirmou a executiva, referindo-se ao desempenho em meio à pandemia da Covid-19.

No ano passado, o faturamento do e-commerce brasileiro cresceu 16,3%, para R$ 61,9 bilhões, impulsionado pelo aumento de 21% no número de pedidos, alcançando 148 milhões de compras online, frente a 123 milhões em 2018.

O aumento do número de pedidos foi acompanhado pelo maior número de novos consumidores: apenas no ano passado, 10,7 milhões de pessoas estrearam suas compras no ambiente online, alta de 9% sobre 2018.

“Com os brasileiros mais conectados em seus computadores, tablets ou celulares, a compra online tornou-se algo quase natural”, disse Ávila. “Um dos segmentos de canal que mais cresceu foi o de Autosserviço”, acrescentou a líder de Ebit.

O 41º Webshoppers identificou que o crescimento dos pedidos com frete grátis auxiliou na melhora de desempenho dos canais. As compras online, sem pagamento de frete, representaram 48% do total em 2019, com um aumento de 28% nos pedidos desse tipo. Já o frete pago teve expansão de 15%.

Veja as principais tendências da 41ª edição do Webshoppers:

Mobile segue tendência alta

O relatório indica que as compras via mobile vem ganhando importância e que, em novembro — mês da Black Friday, elas superaram as aquisições feitas em desktops.

Em 2019, o faturamento total de mobile foi de R$ 25,9 bilhões, variação positiva de 55% sobre o ano anterior, o que representou 41,8% do faturamento total (ganho de importância de 10.5 pontos percentuais versus 2018).

Essa expansão foi promovida pelo aumento em volume de pedidos por celulares, que chegou a 68,5 milhões no ano passado, variação de 60% versus 2018.

Autosserviço cresce no e-commerce

Segundo o Webshoppers, o canal Autosserviço aumentou seu faturamento online em 63% em 2019, comparando com o ano anterior. Já a quantidade de pedidos avançou 61%.

Logo na sequência, quem desponta nas vendas online é o canal Farmácia, com alta de 32% em seu faturamento e 30% no volume de compras. Perfumaria também despontou, ampliando em 30% o faturamento no ano, com 19% de aumento nos pedidos.

Apesar do bom desempenho dos demais canais, as Lojas de Departamentos continuam como o principal segmento de compras no e-commerce: os pedidos representaram 50% do total em 2019, frente a 49% em 2018. Já o faturamento foi de 67% do total vendido online, com leve recuo em relação ao ano anterior, quando chegou a 68%.

Já as vendas de Autosserviço representaram 5% do total de pedidos em 2019, e ficaram em segundo lugar na importância de faturamento, com 7% do montante do comércio eletrônico brasileiro.

Black Friday é a principal data sazonal para e-commerce

A Black Friday 2019 consolidou a data como a mais importante para o e-commerce brasileiro, com faturamento de R$ 3,21 bilhões e uma alta de 24% sobre o mesmo período de 2018. Os dias de promoção superaram as compras online para o Natal, que faturou R$ 2,60 bilhões em vendas.

Brasileiros passam a comprar mais em sites internacionais

Em sua pesquisa sobre o avanço do consumo online em sites de fora do Brasil, a Ebit|Nielsen identificou um aumento de 67% no faturamento desse tipo de compras, na comparação com 2018, totalizando R$ 12,9 bilhões. Houve um crescimento de 18% no número de brasileiros que compraram em sites internacionais (2019 vs. 2018).

Covid-19 traz nova realidade no e-commerce

Na metade do mês de março deste ano, o Brasil entrou em estágio de restrições sociais para tentar frear o avanço da Covid-19 no país. Diante disso, os consumidores foram às compras e esses movimentos tiveram forte impacto no e-commerce brasileiro.

Entre os dias 17 de março e 27 de abril de 2020, etapa com restrições de circulação, o comércio online brasileiro chegou a R$ 8,4 bilhões em faturamento, variação de 48,3% sobre o período de 19 de março a 29 de abril de 2019 (R$ 5,7 bilhões). As quatro principais categorias que promoveram o crescimento das vendas online nessa fase foram Eletrônicos, Casa&Decoração, Informática e itens de consumo rápido (FMCG).

O crescimento do comércio online ocorreu em todas as regiões brasileiras no período, com maior contribuição do Nordeste, Sudeste e Sul, em função da sua importância para o e-commerce.

Nestas semanas, 31% dos consumidores que realizaram compras onlines em Autosserviço declaram realizar pela primeira vez. Em 2019, no mesmo período de análise, esse número foi de 16%.

Leia também: E-commerce brasileiro faturou R$ 61,9 bilhões em 2019, 16,3% acima de 2018

Acesse a versão grátis da 41ª edição do Webshoppers.