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E-commerce 2016: agregar valor e melhorar logística para crescer

Por: Eduardo Mustafa

Graduado em 'Comunicação Social - Jornalismo' com experiência em negócios, comunicação, marketing e comércio eletrônico e pós-graduado em 'Jornalismo Esportivo e Gestão de Negócios'. Foi editor do portal E-Commerce Brasil, do Grupo iMasters (2015 /2016), e atualmente é executivo sênior de contas na Gume

É possível que o e-commerce brasileiro continue crescendo mesmo em meio à crise se se diversificar e investir nas ferramentas certas. Esse é o pensamento de Robson Del Fiol, CEO da empresa especializada em marketing na web ESV Digital. Em entrevista, Del Fiol deu conselhos a quem pretende expandir sua marca no segmento, que deve fechar 2015 com crescimento de 15%, totalizando R$ 40 bilhões vendidos, segundo projeção da E-bit.

1. Hoje, o Brasil é apenas o 21º país no ranking global de vendas online. Ao que se deve essa colocação, em sua opinião?
Robson Del Fiol (RDF): A participação do e-commerce no varejo brasileiro como um todo ainda é pequena, com apenas 3% de seu faturamento, contra quase 8% dos principais centros globais. Estamos dois anos atrasados em relação ao desempenho dos Estados Unidos e Europa.

2. Mesmo com o atual cenário de crise, os e-commerces conseguirão crescer em 2016?
RDF: Neste ano, devemos continuar em um cenário de incertezas econômicas, o que cria dificuldades para a expansão dos e-commerces e exigirá maior valor agregado e a prestação de serviços diferenciados para ganhar destaque. Mas sim, é possível.

3. O que deve ser feito para aumentar as vendas online, então?
RDF: Melhorias em logística, entrega de novos benefícios para os consumidores e investimentos em trade marketing – essencialmente a inserção de publicidade nos sites de venda.

4. Na prática, em que se traduzem estas ações?
RDF: Garantia estendida, instalação e configuração grátis, milhas extras nas compras, assim como facilidades de pagamento, por exemplo com cartões private label. Mas estas são apenas ideias e o caminho para crescer está aberto a inovações.

5. Você também mencionou o trade marketing. Como essa prática pode auxiliar os e-commerces?
RDF: A renda ganha com os anúncios pode ajudar a diminuir os custos de operação e essa troca de espaços de propaganda entre e-commerces de setores diferentes permite ainda aumentar o mix de produtos oferecidos.

6. Em termos de logística, de que maneira os e-commerces podem otimizar seu desempenho?
RDF: É possível fazer isso em diversas áreas, sendo indispensável uma melhor integração em toda a cadeia de valor. Há o exemplo do cross docking, em que varejos virtuais compram transportadoras ou fazem parcerias para enviar os produtos ao consumidor direto dos centros de distribuição dos fabricantes, diminuindo, assim, o tempo de entrega.

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