E-bit divulga dados do 4º trimestre e perspectivas para o e-commerce
Levantamento do E-bit mostra que o 4º trimestre de 2017 continua aquecido: isso porque cerca de 90% dos consumidores têm intenção de comprar algum presente no final do ano.
Segundo Pedro Guasti, CEO do E-bit e palestrante da Conferência E-Commerce Brasil Porto Alegre 2017, nos três primeiros trimestres do ano o e-commerce teve um aumento considerável e o faturamento deve chegar em R$ 15,7 bilhões de reais até o final de 2017. Os dados reforçam que o consumidor, em geral, quer comprar eletrônicos (25%), eletrodomésticos (22%) e moda e acessórios (20%).
As lojas Top of Mind no Brasil, citadas pelos entrevistados pelo E-bit foram: Americanas.com, Mercado Livre, Submarino, Saraiva, Magazine Luiza, Walmart, Netshoes, entre outros. Na região Sul, o Mercado Livre lidera com 15% das respostas, seguido por Americanas com 13%, Submarino com 5,6% e Magazine Luiza com 4,1%.
Black Friday no Sul
Em geral as pessoas compraram produtos mais caros na Black Friday, com destaque para os eletroeletrônicos. A região Sul representou quase 20% em GMV e cresceu quase 60% no período.
Já o Rio Grande do Sul, sozinho, representa 43% do share – é o estado com maior representatividade na região.
Além disso, a pesquisa do E-bit mostra que dez categorias representaram 93% das vendas no Sul. “Entre os principais motivadores de compra na Black Friday, o preço foi o principal com 88% das respostas, em segundo lugar a credibilidade (com 36%) e preço do frete ou frete grátis (27%), opções de pagamento, etc”, disse Guasti.
Para ele os prazos de entrega prometidos pelas lojas ainda são muito grandes: no Sul, o prazo médio de entrega foi de 13,5 dias, enquanto a média nacional ficou em 12,3 dias. O valor médio do frete do Sul foi de R$ 33,99. “A dica é começar a planejar a Black Friday logo depois do carnaval”, recomendou Guasti.
Expectativas 2018
A estimativa oficial das estimativas do e-commerce será lançada em fevereiro de 2018. Mas Guasti adiantou algumas perspectivas:
- Inflação controlada no patamar entre 3% e 4% (IPCA)
- Taxa de desemprego em queda;
- Melhoria na confiança dos consumidores e empresários;
- Crescimento entre 2,5% e 3%;
- Aumento nas vendas do varejo restrito do IBGE entre 6% e 7%;
- Crescimento mercado E-bit B2C (novos produtos: entre 10 e 12% nominal)
- Crescimento do mercado B2C (novos e usados como Mercado Livre, Enjoei, Elo7) entre 20 e 25% (nominal);
Para Guasti, os marketplaces devem começar a vender produtos usados a exemplo da Amazon. “O aumento das vendas de usados aquece o mercado digital e reflete o perfil do consumidor que passou pela crise tentando ‘desapegar'”, disse Guasti.