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Decisão sobre Whatsapp contemplou preocupações sobre big techs, diz diretor do BC

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, João Manoel de Mello, afirmou na quinta-feira (17) que a decisão cautelar tomada pela autarquia em relação à entrada do WhatsApp em pagamentos no país, que acabou barrada, contemplou preocupações sobre a atuação de big techs na área e os desafios regulatórios que são impostos com isso.

“Lógica foi essa, não é impedir ninguém, não é proteger ninguém, proteger Pix, não é proteger banco grande, muito pelo contrário”, disse ele, em live promovida pelo BTG Pactual em parceria com a PUC-RJ.

O diretor defendeu que qualquer entrada competitiva é bem-vinda, mas que o regulador tem que garantir justamente essa condição com alguma similitude regulatória.

“Quando você fala em proteger a competição, talvez não seja a competição mês que vem, no ano que vem, mas é a competição que é nosso mandato, no longo prazo. A gente precisa pensar no que vai acontecer em cinco, dez anos, acho até que vai ser mais rapidamente”, afirmou.

Risco cibernético no WhatsApp

Após um debate sobre os riscos ao sistema financeiro com o advento de novas tecnologias e aceleração do processo de digitalização, Mello pontuou que o risco cibernético é o que lhe “tira o sono”, frisando que essa é sim uma preocupação do BC e que segue no radar da autoridade monetária.

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As informações são da Reuters