É a tecla mais batida no cotidiano conectado e tecnológico: dados são fundamentais para o negócio, seja ele qual for. Com a difusão da cultura data-driven, onde qualquer passo é dado somente com embasamento de pesquisas e informações, pensar a jornada do consumidor com esse olhar é essencial para gerar experiência. É o que Diego Macedo, diretor de Inteligência da Informação da Infracommerce, explicou melhor durante a apresentação “Experiência do consumidor: só existe com dados”.
De acordo com o executivo, 47% dos consumidores pagam mais por experiências que excedam as expectativas e 51% dos brasileiros pagariam mais caro por um produto se ele viesse acompanhado de um ‘bônus’. Então, assim, ele constata que a fidelidade do cliente contemporâneo está na experiência que a marca lhe proporciona, não nela em si.
“Seja em vendas físicas ou digitais, a excelência na experiência define o sucesso da empresa. Se o mesmo produto for oferecido de diferentes formas, a marca personaliza sua atuação e retém mais clientes. Essa é a conta básica”, aponta.
Transformação do negócio
A mudança no comportamento de consumidores acarreta, por efeito dominó, na transformação das companhias. Sendo assim, existem formas de acompanhar esse desenvolvimento de perto, entendendo, por exemplo, que a coleta de dados deve ser feita em múltiplas fontes. É necessário ter a visão 360º do cenário de consumo para abordar as diferentes dimensões do consumidor, além de identificar padrões de comportamento nele. A aplicação de Inteligência Artificial pode ajudar.
No caso da atuação profissional, Macedo fala da multidisciplinaridade da equipe de vendas, que deve ser pauta por três fatores: diversidade, dados e negócios. Diversidade para olhar para os desafios de negócios por diferentes perspectivas; que informações coletas serão a munição para ‘entrar na cabeça’ dele e, por fim, enxergar oportunidades sempre.
Outra questão é a privacidade, importante em razão da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), aplicada veementemente a partir de 2021. “Trace estratégias que motivem o compartilhamento de dados ou, em outras palavras, ofereça uma boa experiência. É assim que ele não se importará em compartilhar algumas informações e, dessa forma, a empresa conhecerá mais sobre ele, adequando ainda mais a jornada”, ressalta o diretor. Mais experiência resulta em dados abundantes. Estes, por sua vez, aumentam o fluxo de consumidores no e-commerce ou loja física.
“Dados estão entre os ativos mais valiosos da sua empresa, então cuide deles. É preciso repensar a sua utilização caso não aproveite tudo”, finaliza Macedo.
Confira a apresentação de slides:
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Por Lucas Kina, especial para o E-Commerce Brasil.