Logo E-Commerce Brasil

Covid-19 acelera transformações no comportamento dos consumidores

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

A população tem sido forçada a mudar drasticamente os seus comportamentos de compra em resposta ao impacto da pandemia de Covid-19 nos seus respectivos mercados. Nesse contexto, a Nielsen Brasil apresenta os resultados do estudo global Vida Pós-Covid-19: Retomar, Reiniciar e Reinventar, que projeta os possíveis cenários em curto, médio e longo prazo em relação ao período pós-pandemia.

As perspectivas mostram como as posturas de enfrentamento à doença adotadas por cada país devem impactar no comportamento dos consumidores, tendo em vista que isso influenciará diretamente o tempo de retomada das atividades.

De acordo com Domenico Tremaroli, diretor de atendimento aos clientes da Nielsen Brasil, todo o mundo está em processo de transformação e naturalmente os hábitos a partir de agora tendem a ser outros.

“Os desdobramentos econômicos devem levar à mudanças profundas no comportamento de consumo da população globalmente, que tende a direcionar seus desembolsos para produtos mais básicos. Estamos diante de algo jamais visto em nossas vidas, em um ritmo de transformação extraordinário, com o mundo em processo de readequação”, afirmou.

“Os hábitos dos consumidores estão alterando em ritmo da compreensão dessas mudanças, no contexto desses cenários. Então, será vital que as empresas priorizem o abastecimento para atender às novas circunstâncias impulsionadas pela Covid-19″, completou Tremaroli.

Expansão do e-commerce

No Brasil, as etapas de isolamento demonstram essas transformações. Numa primeira etapa, as medidas restritivas apontaram a necessidade de preparação, com as famílias buscando abastecimento e se preparando para o home office.

Ainda nesse contexto, percebe-se a adaptação de rotinas, com compras de artigos que garantem o acesso ao lazer em casa e também produtos facilitadores do dia a dia doméstico. Além disso, a expansão do comércio eletrônico aponta para uma realidade cada vez mais online, com o varejo e o setor de autosserviço avançando para atender a essa demanda tão grande.

“Os varejistas e as marcas precisam examinar rapidamente a gama de produtos oferecidos e a dinâmica de preços dentro de dois casos cada vez mais extremos de gastos. Por um lado, teremos uma grande parte de consumidores optando por restrições para conter despesas devido aos impactos econômicos (desemprego, setores sem funcionar por longos períodos, reduções de jornadas e salários)”, explica Fernanda Vilhena, gerente de atendimento do Varejo da Nielsen Brasil.

“Por outro, temos uma parcela menor de brasileiros que poderá aumentar o desembolso, porém esses recursos serão destinados às compras de supermercado, reduzindo os gastos em áreas como lazer. Entretanto, apesar das restrições, em ambos os grupos de consumidores, produtos de alto consumo (FMCG) deverão sofrer menos impactos na retomada”, disse Vilhena.

Para os dois especialistas da Nielsen, a tecnologia desempenha um papel fundamental na formação de um mercado mais inteligente quando se trata do futuro das lojas de varejo para bens de grande consumo (FMCG) e mercearias. De acordo com os resultados da pesquisa da Nielsen, em muitos mercados, a Covid-19 já acelerou a adoção online.

Para mais informações, visite www.nielsen.com.

Leia também: Grandes varejistas embarcam na venda online de máscaras de tecido

Por Dinalva Fernandes, da redação do E-Commerce Brasil