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Com pandemia de coronavírus, fluminenses fazem mais compras online

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

A quarentena obrigatória, determinada pelas autoridades para evitar a disseminação do novo coronavírus, alterou os hábitos dos consumidores fluminenses.

De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) nos dias 25 e 26 deste mês, junto a 1.099 moradores do estado do Rio de Janeiro, houve um crescimento do número de consumidores que estão fazendo compras online. Hoje eles somam 77,1%, contra 72,2% registrados no período anterior à crise.

O estudo revela que 67,7% dos entrevistados suspenderam decisões de compra no período de isolamento social, enquanto 68,2% afirmaram que o consumo online estará mais presente em suas vidas após o fim da crise provocada pelo novo coronavírus.

O economista do Instituto Fecomércio RJ, Rafael Zanderer, destacou, em entrevista à Agência Brasil, que o aumento do contingente de pessoas que estão fazendo compras pela internet não pode ser confundido com valor de gastos.

“Mais pessoas agora procuram canais online para fazer suas compras, entre os quais Instagram, o próprio site do estabelecimento, aplicativos, Facebook. As pessoas estão procurando mais, o que não significa que estão gastando mais” advertiu Zanderer.

Comportamento dos fluminenses

Para o economista, a pesquisa confirma um comportamento já esperado dos consumidores que não podem sair de casa para fazer compras presenciais, ao mesmo tempo que sinaliza uma mudança de preferência de adotar como hábito a compra em canais alternativos pela internet.

“No final das contas, tem uma coisa conjuntural, que é a infecção, o vírus, que te impede de sair de casa e, por isso, você tem que fazer compras online. Mas isso acaba propiciando uma mudança que é estrutural. Ou seja, as pessoas vão passar a fazer mais compras online mesmo depois que a Covid-19 passar. É uma mudança de hábito que não é trivial. É uma coisa estrutural”, analisou o economista.

Rafael Zanderer destacou que, “muito provavelmente”, o faturamento do canal online também diminuiu nesse período de pandemia do coronavírus, embora menos do que o canal de compras presencial.

Do total de consultados, 30,4% afirmaram estar mantendo o número de compras online, enquanto 28,2% disseram estar comprando menos e 18,5% estão realizando mais compras pela internet. Outros 22,9% dos entrevistados não fazem compras por esse canal alternativo.

Demanda

A maioria dos entrevistados (66,1%) pesquisa em sites do próprio estabelecimento para efetuar suas compras, contra 68,6% no período anterior à crise do novo coronavírus.

Rafael Zanderer observou que dois canais despontam como aplicativos mais demandados. Um deles é o Whatsapp. “Mostra que os empresários estão se virando diante da crise e estabelecendo uma espécie de canal de ligação com o consumidor”. Antes da crise, 19,7% dos fluminenses acessavam o Whatsapp para fazer compras online e, agora, são 29,5%.

Outros aplicativos, como iFood e Uber Eats, viram dobrar a procura. Eles foram citados por 8,5% dos moradores do estado do Rio de Janeiro, contra 4,5% no período anterior. “É um aumento expressivo”.

Zanderer afirmou que embora o percentual de pessoas que usam esses aplicativos ainda seja relativamente baixo, a tendência mostrada pela pesquisa é de elevar mais esse número. “As pessoas vão ficar cada vez mais online e procurar esses aplicativos. Acho que tem um espaço enorme para eles crescerem, concluiu o economista do Ifec RJ.

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As informações são da Agência Brasil