Logo E-Commerce Brasil

BIS e FMI pedem coordenação global sobre moedas digitais de bancos centrais

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

O Banco de Compensações Internacionais (BIS), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial fizeram um pedido conjunto na sexta-feira (9) para cooperação global sobre moedas digitais de bancos centrais.

Cerca de 90% dos bancos centrais do mundo estão atualmente procurando criar versões digitais de suas moedas, levantando questões sobre como irão trabalhar e operar entre si.

Bancos mundiais pedem coordenação na criação de moedas digitais

“As CBDCs (moedas digitais de bancos centrais) oferecem a oportunidade de um novo começo. É extremamente importante que os bancos centrais levem em conta a dimensão internacional”, disse Jon Cunliffe, chair do Comitê de Infraestruturas de Pagamentos e Mercado e vice-presidente para a Estabilidade Financeira do Banco da Inglaterra, em relatório preparado para a reunião do G20 na Itália.

“As implicações das CBDCs, mesmo que destinadas apenas para uso doméstico, irão além das fronteiras”, acrescentou Tobias Adrian, Conselheiro Financeiro e Diretor do Departamento de Mercado Monetário e de Capitais do FMI.

O relatório disse que a facilitação de pagamentos internacionais com as CBDCs pode ser alcançada por meio de diferentes graus de integração e cooperação, que vão desde a compatibilidade básica com padrões comuns até o estabelecimento de infraestruturas de pagamentos internacionais.

A interoperabilidade será crucial, enquanto a colaboração multilateral também será necessária sobre as potenciais consequências macrofinanceiras que as moedas digitais do banco central podem causar, acrescentou o relatório.

Leia também: Campos Neto diz que moeda digital ajuda em descentralização de operações financeiras

Fonte: Reuters, via 6 Minutos