Em sua quinta edição, a Conferência E-Commerce Brasil SUL 2016 levou para Porto Alegre os principais players locais e nomes importantes do varejo brasileiro. O evento que acontece nos dias 17 e 18 de maio reuniu 600 congressistas e debateu os mais diversos pontos do comércio eletrônico.
Quem abriu o segundo dia de evento foi Marcel van Hattem. O Deputado Estadual do PP/RS analisou o cenário político e os impactos na economia e no varejo. “Falar em mudanças e do cenário político me fez relembrar os motivos de que entrei na política aos 18 anos de idade. Foram muitos anos de omissão e falta de diálogo entre as pessoas e o setor público. O cidadão não se sente representado pela classe política”, relembra Hattem.
O Deputado reforça que os varejistas enxergam o setor público como um custo e não um benefício ou aliado. “Eu via quanto o setor público sufocava os empreendedores e isso também me fez buscar ser um representante do povo. Aos 18 anos busquei ser vereador no município de Dois Irmãos. A juventude em geral tem pouca participação na política brasileira e isso assustava as pessoas ao ir pedir voto”, revela Marcel.
Hattem lembra que que foi para Holanda empreender e estudar e a primeira grande diferença foi na hora de abrir uma empresa. “Aqui demora meses e tem um alto custo. Na Europa consegui abrir uma empresa em trinta minutos e pagando um boleto no banco”, reforça o Deputado.
Onde foi que nesse processo de transição política que nos deixamos de contribuir? Primeiro na omissão e depois na ação. “Deixamos o setor público crescer e deixamos os políticos fazerem o que bem queria. Mas a ação mostrou que podemos transformar isso. A libertação que o Brasil está passando é muito salutar, mas não podemos pensar que a vitória do impeachment é definitiva, muito pelo contrário. Agora é a hora de mostrar que não somos mais omissos”, completa Hatem.
Pergunta da plateia
Tive quase meu pequeno negócio destruído por causa do ICMS. Como a gente pode ganhar batalha com a mente das pessoas?
Hattem: O convênio 93 é um exemplo do manicômio burocrático brasileiro e da ditadura do pode executivo do Brasil. Que está sendo rivalizada pela ditadura do Supremo Tribunal Federal. O STF tem legislado e o poder executivo tem decretado. E eles fizeram isso sem um diálogo especifico e sem nenhum conhecimento de emitir uma nota fiscal. Precisamos assumir as nossas responsabilidades e também buscar atingir os jovens, em escola e faculdade, para conseguir mudar o país. Só conseguimos mudar a longo prazo se atingir a base, que são os jovens.