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Como a Amazon desencadeou uma ‘corrida robótica’

Por: Eduardo Mustafa

Graduado em 'Comunicação Social - Jornalismo' com experiência em negócios, comunicação, marketing e comércio eletrônico e pós-graduado em 'Jornalismo Esportivo e Gestão de Negócios'. Foi editor do portal E-Commerce Brasil, do Grupo iMasters (2015 /2016), e atualmente é executivo sênior de contas na Gume

A Amazon desembolsou em 2012 US$ 775 milhões para a compra dos robôs Kiva. A aquisição deu a Jeff Bezos, seu CEO de 52 anos, o comando de todo um setor. Ele decidiu usar os robôs somente na Amazon, acabando com a venda de produtos da companhia robótica Kiva para operadores de armazéns e varejistas que dependiam deles.

À medida que os contratos expiraram, eles tiveram que encontrar outras opções para substituir os produtos da Kiva. O problema é que não havia outras opções como os robôs da companhia adquirida pela Amazon.

Foram necessários quatro anos, mas finalmente um punhado de startups estão prontas para substituir a Kiva e equipar armazéns de todo o mundo com novos robôs.

Os novos produtos que estão sendo desenvolvidos são um pouco diferentes, em parte porque o setor ainda está em fase de experiência e em parte por questões de patente. Mas todos os robôs são destinados a poupar para os varejistas enquanto eles correm para fazer as suas entregas o mais rápido possível.

A Amazon tem cerca de 30 mil robôs Kiva em seus armazéns em todo o mundo. A empresa estima que o uso dos robôs reduziram suas despesas operacionais em cerca de 20%.

De acordo com uma análise do Deutsche Bank, o uso de robôs em um novo armazém gera uma economia US$ 22 milhões. Caso a Amazon utilizasse os robôs Kiva em seus 100 ou mais centros de distribuição que ainda não implementaram essa tecnologia a empresa poderia economizar outros US$ 2,5 bilhões.

Agora que o e-commerce é uma parte crescente do comércio varejista, mais empresas estão prestando atenção neste tipo de tecnologia. Mas somente a Amazon a utiliza em larga escala, graças principalmente à Kiva. Os maiores varejistas do mundo, incluindo Wal-Mart, Macy’s e Target, ainda têm que povoar seus armazéns com sistemas robóticos disseminados. Eles ainda dependem de um velho método, também conhecido como seres humanos.

Para a nova geração de fabricantes de robôs, o mercado potencial está amplamente aberto. As empresas de logística que administram seus próprios armazéns começaram a desenvolver autômatos, enquanto engenheiros ambiciosos viram o “buraco” que Bezos abriu no mercado e pularam dentro. Uma das startups que estão desenvolvendo novos robôs foi inclusive fundada por ex-funcionários da Kiva. A corrida pela automação começou.

À medida que outros armazéns se tornam mais eficientes, a Amazon segue o mesmo caminho. A empresa de Jeff Bezos está trabalhando em todos os tipos de automação na esperança de reduzir custos e acelerar seus trabalhos. Além dos robôs Kivas, a Amazon também está trabalhando em drones (aviões-robôs) automatizados. E estes são apenas os robôs que estão sendo revelados ao público.