Criada para agilizar o processo de preparação do alimento, a comida congelada veio ao mercado para suprir as necessidades de uma alimentação rápida e que não dê trabalho. Quando surgiu, nos anos 1960, a ideia parecia promissora - e ainda é -, mas deixava de lado premissas importantes como sabor e saúde.Pensando em ajustar essas lacunas, a Urban Farmcy surge com o conceito de “fazenda e farmácia urbana”. A proposta da foodtech é justamente priorizar sabor, saúde e uma cadeia positiva do alimento em forma de marmitas congeladas feitas à base de plantas.“Muito antes de nos entendermos como empreendedores, somos empreendedores da saúde e do meio ambiente, dada a relevância que o alimento tem em nossas vidas e na vida do planeta”, defende Tobias Chanan, Co-funder e CEO da Urban Farmcy.Chanan afirma que o mercado tem um potencial de crescimento que deve ser explorado. “De 2015 a 2020, houve um aumento no mercado de comida pronta saudável de 30%. A previsão é de que, a partir de 2021 até 2025, esse percentual aumente 27%”.
Estigma da comida congelada
Apesar de ser uma categoria de alimentos que já tem um público definido, a empresa conta que um dos maiores desafios do setor é tirar o estigma de que comida congelada é ruim, sem gosto e cheia de ultraprocessados. O primeiro passo foi assumir que os produtos vendidos por eles se tratam de marmitas, sem tentar “enganar” o consumidor com fotos de alimentos que claramente não foram congelados antes. Essa postura foi adotada como estratégia para que o cliente não se frustre na hora de consumir aquilo que foi comprado.“Queremos alinhar a expectativa à realidade. Buscamos fazer com que a experiência seja mais parecida possível com a foto da embalagem. As imagens que usamos em nossas propagandas são exatamente das nossas marmitas saindo do forno”, aponta Chanan.
Expansão do e-commerce
Apesar de focar no digital, a Urban Farmcy decidiu começar o negócio no meio físico como estratégia para conquistar o público. “Começamos em um modelo offline, mas hoje estamos 100% online. Inauguramos um restaurante porque queríamos explorar a experiência de marca e testar a validação dos produtos. E, depois, com a validação, migramos para a plataforma digital.”Ao investir no e-commerce, a empresa conta com a omnicanalidade e se utiliza de vários recursos nas plataformas digitais. Alguns exemplos são: a educação ao consumidor sobre os alimentos utilizados nas marmitas, apresentação do caminho que esses alimentos percorrem e que não agridem o meio ambiente, além de oferecer um leque de receitas ao cliente.“Sabemos que nosso foco é no e-commerce. Acreditamos que é possível engajar a comunidade pelo online, mas reconhecemos também que o offline tem papel para gerar capilaridade, experimentação e experiência”, finaliza Chanan.Leia mais: Como melhorar a experiência do consumidor no supermercado online