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Comércio eletrônico cresce na América Latina com pandemia

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

O comércio eletrônico no mundo, especialmente na América Latina, teve nos últimos 12 meses um crescimento notável devido à pandemia da Covid-19, o que torna a atividade uma oportunidade para a recuperação econômica dos países.

A afirmação foi feita na terça-feira (16) por especialistas participantes do Circuito da Colômbia, um fórum que faz parte da agenda paralela da Assembleia de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que começou oficialmente na quarta-feira (17), em Barranquilla.

No fórum “Reconstrução sustentável: infraestrutura, comércio e emprego pós-pandemia”, a vice-presidente de assuntos públicos globais da multinacional americana UPS, Maria Luisa Boyce, declarou que nos últimos 12 meses o comércio eletrônico na América Latina atravessou um crescimento que se esperava atingir entre cinco e dez anos.

“Neste ano, vimos mudanças exponenciais, acho que uma das maiores, e vemos como na América Central a compra através do comércio eletrônico cresceu 300%. E em geral na América Latina há uma maior utilização de cartões de crédito para compras online”, declarou Boyce, para quem isso representa uma oportunidade especialmente para as pequenas empresas.

Ele acrescentou que, graças às tecnologias aplicadas ao comércio eletrônico, os governos poderão melhorar seus processos de transparência, automação e eficiência, tornando os países mais competitivos.

Para o gerente do Setor de Integração e Comércio do BID, Fabrizio Opertti, a recuperação econômica dos países latino-americanos deve ser acompanhada de um comércio eficiente em melhores condições do que nos anos anteriores.

“É necessária a liberalização das práticas comerciais na América Latina, que deve ser acompanhada por melhorias na infraestrutura, tanto física com portos, aeroportos e estradas, quanto na conectividade eletrônica”, analisou.

Opertti se referiu ao fenômeno da regionalização no comércio que se tornou evidente durante a pandemia e que no futuro pode se acentuar à medida que se torna mais atraente para empresas e governos.

“Existem certos elos para localizar a produção destas empresas perto dos mercados consumidores, o que implica um benefício ambiental devido a uma menor pegada de carbono”, explicou o gerente, ressaltando que a região deveria visar consolidar modelos portuários como os de Cingapura e Hong Kong.

E-commerce na América Latina

Sobre o comércio eletrônico durante o ano passado e as possibilidades para depois da pandemia, o ministro do Comércio, Indústria e Turismo da Colômbia, José Manuel Restrepo, informou que o país teve um crescimento de até 16% em uma semana.

“Há dezenas de milhares de empresários que estão agora fazendo comércio eletrônico e antes teria sido inimaginável avançar nessa direção”, disse o ministro, que também anunciou que a Colômbia implementará uma política a esse respeito, com a qual as pequenas e médias empresas estão se unindo à iniciativa.

A presidente da Procolombia, uma agência governamental que impulsiona as exportações não tradicionais, o turismo e o investimento estrangeiro, Flavia Santoro, afirmou que, neste momento particular, a Colômbia está caminhando para uma transformação segura e eficaz para aumentar o número de vagas de emprego e, assim, reerguer a economia.

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Fonte: UOL, via EFE