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Clube de assinatura de aplicativos Bemobi pede registro para IPO

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

O clube de assinatura de aplicativos Bemobi Mobile pediu na quinta-feira (22) registro para uma oferta inicial de ações (IPO), sublinhando uma nova onda de empresas brasileiras de novos setores buscando recursos no mercado para projetos de expansão.

A companhia, que desde 2015, faz parte do grupo norueguês Otello Corporation, gera receita ao vender assinaturas do clube, em parceria com operadoras de telefonia, desenvolvedores e fornecedores de conteúdo. São de 200 parceiros de conteúdo, incluindo Disney, Rovio, Viacom e AngryBirds.

No fim de setembro, a Bemobi tinha 34,6 milhões de assinantes em 37 países e parceria com 70 operadoras de telefonia móvel. Além da assinatura de conteúdo para telefones celulares, a companhia vende serviços de microfinanças e de mensageria.

Além da matriz no Rio de Janeiro, a Bemobi tem escritórios na Ucrânia, Noruega e na Índia, e funcionários nas Filipinas, Indonésia, África do Sul, Bangladesh, Vietnã e Paquistão. Cerca de 42% da receita da companhia vem de operações internacionais.

De janeiro a setembro de 2020, a Bemobi teve receita líquida de R$ 178 milhões, alta de 10,7% sobre um ano antes, com margem Ebitda variando de 37,9% para 37,7%.

Bemobi na bolsa

A companhia afirma no prospecto da oferta, que será conduzida por BTG Pactual, Morgan Stanley, XP Investimentos, e Itaú BBA, que usará os recursos da oferta primária para pagar obrigações ligadas a reorganização societária, pagar dividendos devidos referentes a anos anteriores e para comprar ativos.

A operação também servirá para o fundador e presidente da companhia Pedro Santos Ripper e para a holding controladora venderem participação no negócio.

O anúncio mostra como empresas nacionais de base tecnológica estão passando a considerar a bolsa doméstica para listarem suas ações, em vez da Nasdaq, centro mundial para ações do setor.

Leia também: Clube de assinatura: modalidade deve chegar a 75% das empresas em 2023

Fonte: Reuters