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Cartões pré-pagos conquistam consumidores brasileiros

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Cartões pré-pagos devem conquistar ainda mais popularidade no mercado brasileiro, segundo o Global Payments Report 2016 (Relatório de Pagamentos Globais), feito pela provedora líder global de serviços de pagamento, Worldpay. O estudo traz previsões para 2020 e analisou dados de pagamento em 30 países, incluindo o Brasil.

Dentre os principais motivos que explicam a preferência está a possibilidade de se ter um controle maior sobre as próprias finanças. Como os créditos devem ser carregados antecipadamente, os consumidores trabalham com um limite já estabelecido.

Este formato também permite a possibilidade de se dividir as compras em parcelas mensais ou efetuar pagamentos parciais. Estas opções são muito atraentes para os consumidores, principalmente, no atual momento econômico do país.

“Essa mudança de comportamento faz parte de uma tendência mais ampla que identificamos. Os consumidores, tanto os brasileiros como os do resto do mundo, estão se tornando mais conscientes com relação aos custos e gastos e estão se esforçando para não criarem dívidas, principalmente a geração Y.

De acordo com um relatório do Bank of America Merrill Lynch, os millennialssão ainda mais cautelosos, já que sempre realizam pesquisas e buscam alternativas menos onerosas. Esse crescimento também pode ser atrelado aos viajantes que, para evitar os efeitos da variação cambial, optam pelo pré-pago ao invés do cartão de crédito internacional”, comentou Juan D’Antiochia, general manager da Worldpay para a América Latina.

Ocupando a posição de oitavo maior mercado de comércio eletrônico do mundo, o Brasil deverá crescer 10% nos próximos cinco anos, totalizando US$ 65,2 bilhões até 2020 – equivalente a R$ 210,62 bilhões. Isso inclui pagamentos feitos via dispositivos móveis.

Mesmo com a instabilidade econômica, o relatório mostra que os brasileiros ainda serão uma nação que ama o “dinheiro de plástico”, com 63% do market share. Em segundo, aparece a opção pós-pago, com 15% da fatia do mercado, seguido das e-wallets, com 12%. O relatório prevê uma queda no uso de cartões de crédito até 2020, alcançando 56%, já que os pré-pagos devem ganhar mais mercado em detrimento do cartão.

Globalmente, o uso de e-wallets tende a aumentar, conquistando 30% do mercado. Os pré-pagos também estão ganhando terreno e devem chegar a 4%, assim como as transferências bancárias, que apresentarão alta de dois pontos percentuais, atingindo índice de 13%. Por outro lado, a Worldpay prevê um declínio de um ponto percentual no uso de pós-pagos, chegando a 1%.

“Apesar do cartão de crédito ainda ser o meio de pagamento mais comum no país, como apontado pelo relatório, outros métodos – como o pré-pago, pós-pago e e-wallets – têm conquistado cada vez mais usuários e devem ganhar ainda mais projeção até 2020. Por isso, é importante que o setor de e-commerce se prepare para atender as demandas e preferências dos consumidores brasileiros, oferecendo mais flexibilidade e segurança, que é uma das principais preocupações no processo de pagamento”, comenta Juan.

O estudo aponta que com a retomada de crescimento da economia e, consequentemente, maior disponibilidade de crédito, o mercado brasileiro de comércio eletrônico se desenvolverá em um ritmo saudável. Além disso, o aumento estável da penetração da internet, tanto por banda larga como por smartphones, também impulsionará essa alta.

“O varejo está crescendo em um ritmo mais acelerado do que o segmento de viagens, que é atualmente o maior mercado para o comércio eletrônico, mas ainda enfrenta alguns desafios, como logística, problemas de entrega de produtos e receio com relação à segurança e fraudes. Aliados a isso, culturalmente, o brasileiro gosta de ir a lojas físicas para fazer compras. Superando esses poucos obstáculos e fazendo essa transição cultural, a expectativa é a de que o setor alcance rapidamente os altos índices do segmento de viagens”, finaliza o executivo.

Mais informações sobre o Global Payments Report e para fazer o download, visite: http://worldpay.globalpaymentsreport.com/