Com repercussão inesperada, a decisão referente a cobrança de taxas para pessoas jurídicas, clientes da Caixa Econômica Federal, foi suspensa pelo banco nesta terça-feira (20). A nova medida entraria em vigor dia 19 de julho e é aplicada “praticamente por todas as instituições financeiras”, afirma a Caixa.
O adiamento da cobrança é originário de um pedido do presidente Luiz Inácio da Silva, de acordo com Rui Costa, ministro da Casa Civil. O político afirma que a decisão deve ser discutida em uma semana, quando o presidente estiver de volta da viagem oficial à Europa.
“Foi pedido que suspendesse temporariamente [a decisão da Caixa] até o presidente estar de volta semana que vem. Então vamos aguardar o retorno do presidente para avaliar essa medida. O presidente que pediu”, informou Costa aos jornalistas.
Em comunicado, o banco explica que a suspensão é uma maneira de garantir que os clientes possam se adequar à nova medida e receber todas as informações necessárias, em função de uma ampla divulgação de conteúdos incorretos e especulativos.
Durante uma conversa com a presidente da Caixa, Rita Serrano, o ministro afirma que a executiva se espantou com a repercussão da taxação, já que outros bancos praticam a cobrança nas transferências de pessoas jurídicas, com aprovação do Banco Central (BC).
“A informação que ela [Rita Serrano] me passou foi a de que todos os bancos já cobram essa taxa de empresas de pessoa jurídica. O único banco que não cobrava era a Caixa por questão técnica, de tecnologia”, comunicou Costa. “Ela não esperava que tivesse esse alcance, essa repercussão, a definição da Caixa em acompanhar os outros bancos.”
Fonte: AgênciaBrasil