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Google: 61% dos brasileiros devem buscar ideias de presentes em lojas online

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

Em tempos de distanciamento social, o Natal de 2020 terá um perfil mais digital nas tradicionais compras de final de ano, maior relevância de soluções para ajudar nas compras de última hora e entrega de presentes evitando os encontros pessoais, além de maior demanda por descontos e frete grátis.

Essas tendências fazem parte do estudo sobre hábitos de compra, encomendada pelo Google e realizado pela Ipsos, entre 30 de outubro e 25 de novembro com 1.260 brasileiros.

O tempo total gasto entre o digital e off-line para pesquisa ou compra do presente também mudou em 2020, segundo o estudo. O comportamento digital é 10 pontos percentuais acima de 2019 e representa 67% do tempo despendido, enquanto no ambiente físico fica em 33%.

Um segundo estudo do Google apontou que, com a queda nas idas às lojas por conta da pandemia, 61% vão buscar ideias para presentes online ao invés da loja física. A entrega dos presentes também será diferente e pode tornar a logística ainda mais relevante: 33% dizem que vão dar menos presentes pessoalmente e 45% afirmam que vão comprar presentes online e enviar diretamente para familiares e amigos.

Para os consumidores que fazem compras de última hora no online, alternativas como frete rápido e retirada na loja ganham maior relevância. Nos anos anteriores, na Busca do Google, o pico de interesse pelas opções aconteceu em dezembro. Com a pandemia, o interesse por frete rápido e retirada na loja teve destaque nas buscas e deve manter ou acelerar sua relevância perto da data.

Diferenciais na hora da compra

O estudo de hábitos de compra no Natal também apontou que muitos brasileiros já sabem o quê vão comprar na data — 42% já escolheram o tipo do produto e 31% a marca —, mas apenas 11% já decidiram pelo varejista. Para 81%, a opção são as lojas que já compraram.

Em relação a 2019, registou-se uma queda de 15 pontos percentuais dos que se dizem abertos a comprar pela primeira vez numa loja. O mesmo acontece para experimentar novas marcas, com uma queda de 14 pontos percentuais.

Na hora da escolha, o preço (50%) continua como o fator mais decisivo, mas também cresce 5 pontos percentuais em relação ao ano passado. Os consumidores também declararam tempo de entrega (30%), disponibilidade dos produtos (28%), custo do frete (25%), agilidade para ter os produtos em mãos (22%) como fatores importantes.

Principais categorias do Google

O presentear a si mesmo ganha relevância em comparação ao ano passado, de 54% para 60%. Ainda assim, presentear os outros segue como o comportamento mais forte, para 65% dos entrevistados. As categorias relacionadas à Casa, Comida, Cosméticos e Esportes são aquelas que têm mais afinidade com o auto-presente, enquanto Brinquedos, Acessórios de Moda e Joias são os preferidos para presentear.

Em 2020, 39% dos entrevistados afirmam que vão dar menos presentes e 36% que vão presentear um número menor de pessoas. Para 75% deles, o principal motivo para a redução é a situação financeira. A renda reduzida também aumenta a demanda por descontos e frete grátis: 86% dizem que vão comprar de lojas que oferecem descontos e 84% com frete grátis.

O estudo sobre hábitos de compra no natal, encomendada pelo Google e realizado pela Ipsos entre 30 de outubro e 25 de novembro com 1.260 brasileiros conectados, com mais de 18 anos.

O segundo estudo encomendado pelo Google e realizado pela Ipsos entre 19 e 22 de novembro com 1.000 brasileiros conectados, com mais de 18 anos.

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