Logo E-Commerce Brasil

Brasileiro é o que mais migra para compras online, revela pesquisa

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

Num grupo de dez países pesquisados, os brasileiros lideraram a troca de compras presenciais pelas online para se protegerem da contaminação. De acordo com pesquisa da Freshworks, empresa norte-americana de software de relacionamento para clientes e funcionários, 70% dos consultados no Brasil disseram que fizeram a mudança contra uma média geral de 48%.

O levantamento revelou que se trata de uma metamorfose, já que 69% dos brasileiros disseram que pretendem continuar interagindo com suas marcas de forma digital ou remota mesmo após a melhora da situação da pandemia de coronavírus. Foram consultados também consumidores da Austrália, França, Alemanha, Índia (que ficou em segundo lugar, com 66%), Holanda, Cingapura, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos.

Principais problemas digitais enfrentados nas compras online

43% dos brasileiros gastam o tempo que for necessário para resolver problemas com compras

De acordo com o Estado de S. Paulo, os brasileiros estiveram à frente nas mudanças também em outras categorias. Quase metade dos entrevistados no país aproveitou o momento para migrar para marcas de custo mais baixo. De novo nesse quesito, o Brasil foi seguido pela Índia. A pesquisa apontou que sete em cada dez avaliam que as empresas que cresceram durante este período difícil devem retribuir à comunidade de alguma forma, como descontos e liquidações.

O levantamento da companhia californiana foi realizado de forma online entre os dias 23 de março e 7 de abril deste ano, com a consulta de 10,5 mil consumidores de 18 a 75 anos destes dez países.

A pesquisa apontou ainda que 70% dos consumidores do Brasil — mais do que a fatia de qualquer outro país analisado — observaram que as pequenas empresas melhoraram durante a pandemia com pedidos e serviços de entrega online. Um pouco atrás da Índia (50%), o comprador brasileiro atribuiu a melhora ligando à oferta de melhor suporte digital, como uso de e-mails, bate-papos ou mensagens de texto, por exemplo.

Ainda segundo a publicação, outra característica do brasileiro mais aflorada do que a de outros consumidores do mundo é a de que os entrevistados locais se disseram mais dispostos (43%) a gastarem o tempo que for necessário para resolver um problema com a compra se souberem que estão certos. Em Cingapura, que está na outra ponta, apenas 23% mostraram esse empenho, principalmente se o valor em jogo for baixo. E, novamente, mais do que em qualquer dos outros países, 41% dos brasileiros consultados afirmaram que deixariam de usar uma marca se o atendimento for ruim.

Leia também: Méliuz anuncia oferta bilionária de ações e deve precificar em 15 de julho

Fonte: O Estado de S. Paulo