Consumo de vídeos na internet cresce mais de 23% no Brasil, segundo YouTube
Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (19) pelo YouTube mostra que o consumo de vídeos online no Brasil cresceu 23,37% em relação a 2017. Por semana, o internauta brasileiro passa 19 horas em frente ao smartphone, computador ou smart TV.
No acumulado de quatro anos, desde o início do levantamento, o aumento no tempo de visualização saltou 135%, de 8,1 horas para as atuais 19 horas.
Segundo o estudo, 44% dos entrevistados usam o YouTube como canal preferido para assistir a vídeos online. Em seguida, vem o Netflix, que tomou o lugar do WhatsApp no comparativo com 2017.

O levantamento foi realizado pela Provokers e apresentado durante o Brandcast, evento do Google voltado a criadores de conteúdo e agências publicitárias.
Anunciantes
A pesquisa também confirmou a tendência de o YouTube andar cada vez mais alinhado às necessidades de marcas e lojas virtuais. No último ano, as conversões em anúncios exibidos em vídeos do YouTube aumentaram mais de cinco vezes no Brasil.
“Existe uma maturidade das marcas e no entendimento dos conteúdos que, de fato, mexem a agulha para as empresas. A gente viu um amadurecimento muito grande na plataforma como um todo, e os anunciantes também [são parte desse amadurecimento]”, explicou Cauã Taborda, gerente de comunicação do YouTube para a América Latina.
Mas não foram só as empresas que amadureceram: o próprio público passou a ser mais seletivo. Isso porque, segundo o levantamento, oito em cada dez brasileiros utilizam o YouTube para se informar antes tomar uma decisão de compra.
“As marcas perceberam que o consumidor está muito mais informado, que ele usa todas as ferramentas disponíveis para se informar durante a sua jornada de decisão”, afirmou Maria Helena Marinho, gerente de Insights da empresa. “O brasileiro entendeu que o on demand veio para ficar”, concluiu.

Desafios
O próximo grande obstáculo que o YouTube precisa superar nessa relação com os anunciantes tem mais a ver com aspectos técnicos.
No último ano, o uso de smart TVs para assistir a vídeos online mais do que dobrou – no caso de 26% dos entrevistados, esse foi o aparelho mais utilizado.
Mas a quantidade de sistemas operacionais e diferenças de modelos de televisores faz com que o banner, um dos recursos de publicidade do YouTube disponíveis para celular e computador, não funcione em todas as TVs.
“O que ainda não averiguamos [como resolver] é o banner, ele não é clicável em algumas smart TVs. Ainda temos um front técnico para avançar nesse sentido”, disse Taborda.
Por Caio Colagrande, da redação do E-Commerce Brasil