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Consumidores querem preço baixo e frete grátis no Black Friday, afirma pesquisa

Pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que, em 2016, 69% dos consumidores pretendem comprar no Black Friday deste ano, e mais da metade deve comprar em lojas e-commerce.

Em relação a 2015, 45% dos que compraram algo no ano passado pretendem comprar mais produtos no próximo dia 25, e 42% disseram planejar mais gastos nesta edição. O principal fator de motivação para 74% dos entrevistados é a possibilidade de baixo preço dos presentes.

A pesquisa, feita com 828 pessoas do Brasil inteiro, também mostrou que 13,1% dos consumidores aproveitarão a data para comprar presentes de Natal com descontos e 12,1% irão adquirir um produto apenas para aproveitar as promoções, sem real necessidade.

A maioria quase absoluta dos consumidores que pretendem comprar na Black Friday (95%) diz que irá fazer uma pesquisa de preço, seja para verificar se os produtos estão, de fato, em promoção (64,8%) ou para escolher as lojas nas quais os itens estão mais baratos (30,4%).

Em média, os consumidores pretendem comprar entre três e quatro produtos e gastar cerca de R$ 1.426,13 – um aumento real de 31% em relação a 2015 (R$ 1.007,00, já descontada a inflação do período). A pesquisa aponta ainda que 42% esperam encontrar descontos entre 20% e 40% nos produtos da Black Friday, e outros 42% aguardam por descontos agressivos, que ultrapassem 40%. Em média, o desconto esperado é de 36%.

De acordo com a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, promover ofertas reais pode fazer a diferença na hora das vendas nessa época do ano.

“Em uma data como o Black Friday, de importância tão grande para o comércio e próxima do Natal, as lojas que praticarem descontos reais acabarão se destacando diante da concorrência”, afirma. “Além disso, vale estar preparado para políticas de troca e prazos de entrega, que levam a uma maior reputação do lojista e geram confiança no consumidor, principalmente diante do crescente volume de fraudes na internet.”

Porém, ainda que a crise econômica dê sinais de uma leve melhora e os brasileiros estejam dispostos a gastar mais nas datas comemorativas, 19% dos que pretendem comprar possuem contas com pagamento em atraso e outros 18,7% estão com o nome registrado em cadastros de devedores.
E-commerce lidera preferência

A pesquisa também investigou quais os principais locais de compra dos brasileiros. Em primeiro lugar, disparado, estão os sites de lojas nacionais, com 58,9% da preferência. Os shopping centers aparecem em segundo lugar (40,2%).

Entre os fatores mais importantes para os consumidores escolherem esses lugares estão a expectativa por baixos preços (64%), o frete grátis (42,7%, com um salto em relação a 2015, quando o percentual era de 23,4%) e a credibilidade e segurança das lojas (26,3%).

“O Black Friday já está consolidado como um evento promocional online, já que a internet oferece possibilidades de avaliar diversas lojas, incluindo os sites das lojas já tracionais. Porém, as promoções do evento nos shoppings ganharam seu espaço e os lojistas que quiserem aumentar o público devem pensar em estratégias de marketing não apenas online”, avalia Kawauti.

Em relação aos que compram na internet, 56% dão preferência aos sites de lojas e marcas conhecidas, 45,6% aos sites que tenham frete grátis e outros 33,1% escolhem comparadores de preços.

Campeões de venda

A pesquisa identificou que as roupas (36,9%), os celulares e smartphones (31,3%) e os calçados (30,6%) serão os produtos mais comprados na Black Friday deste ano. Comparando com os resultados de compras de 2014, os celulares ganharam espaço (27,1% no ano passado).

A forma de pagamento mais utilizada será o cartão de crédito parcelado (39,1%), seguido por dinheiro (26%), no caso de lojas físicas. Entre os pagamentos parcelados, o tempo médio para quitar a compra será de cinco meses.