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Amazon entra com recurso no tribunal indiano em disputa do Future Retail

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

A Amazon entrou com um recurso em um tribunal indiano em uma disputa em andamento contra o plano do parceiro local Future Group de vender seus ativos de varejo para a Reliance Industries, disse uma fonte familiarizada com o assunto à Reuters na segunda-feira (11).

O Future Group, que opera supermercados e lojas de alimentos sofisticados em toda a Índia, concordou em vender seus ativos de varejo para o conglomerado Reliance em agosto por US$ 3,4 bilhões, mas a Amazon alegou que o acordo violou acordos que a Future fez com a empresa americana em 2019.

O resultado da disputa tem implicações para o futuro formato do cenário de varejo da Índia, especialmente na decisão de quem terá uma vantagem no mercado de mantimentos que deverá movimentar cerca de US$ 740 bilhões por ano até 2024.

A Amazon também levou o Future a um árbitro de Cingapura, que aprovou uma ordem provisória em outubro dizendo que o negócio da Reliance deveria ser interrompido. O varejista indiano afirmou que a ordem não é vinculativa e, em vez disso, montou outro desafio legal em um tribunal de Nova Delhi.

Disputa de gigantes

Em dezembro, o tribunal indiano deixou para os reguladores decidirem o destino do acordo de varejo do Future Group com a Reliance, mas permitiu que a Amazon levantasse objeções à venda.

Em seu recurso, a Amazon argumenta que certas observações feitas pelo juiz em relação aos termos do acordo de 2019 da empresa americana com a Future eram inconsistentes com a ordem do árbitro de Cingapura, que favorecia a Amazon, disse a fonte.

A fonte também disse que a Amazon argumenta em seu recurso que isso permitiu que a Future contornasse efetivamente a ordem de arbitragem. O apelo deve ser ouvido em 13 de janeiro.

O Future Group e a Amazon não responderam imediatamente a um pedido de comentário.

O apelo vem depois que o CEO do Future Group, Kishore Biyani, disse à Reuters em uma entrevista no fim de semana que espera uma rápida aprovação regulatória para o negócio.

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Fonte: Reuters