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Amazon já entrega dois terços de seus próprios pacotes

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

O crescimento do comércio eletrônico, impulsionado pela pandemia de coronavírus, deve se manter na segunda metade do ano, já que os volumes das embalagens de julho excederam o volume médio mensal nos primeiros três meses da crise. De acordo com dados do ShipMatrix, a Amazon despachou 415 milhões de pacotes em julho, em comparação com uma média mensal de 389 milhões entre abril e junho.

A gigante do e-commerce também entregou 66% de seus pacotes próprios em julho, ante 61% entre abril e junho. “A Amazon é um player tão importante no espaço de e-commerce que eles precisam gerenciar suas próprias entregas para lidar com o aumento da demanda por pedidos online, especialmente durante a pandemia”, disse Satish Jindel, fundador do ShipMatrix.

“Eles continuarão entregando mais embalagens próprias, potencialmente chegando a 80% de suas embalagens no próximo ano. Significa que a UPS e o serviço postal norte-americano buscará mais negócios para substituir os negócios da Amazon”, disse ele.

Apesar do aumento no volume da Amazon e dos ganhos que obteve em auto-entrega, a UPS e a FedEx também viram um aumento no volume em julho, de acordo com o ShipMatrix.

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Pico no e-commerce nos próximos meses

A UPS viu o volume crescer 26% em julho, em comparação com o crescimento médio mensal de 23% no período de abril a junho. O volume da FedEx aumentou 22% em comparação com o crescimento de 19%, em média, nos primeiros três meses completos da pandemia de coronavírus.

De acordo com uma previsão do eMarketer, o terceiro trimestre será o pico de todos os tempos para o e-commerce, com cerca de 23% de todas as compras no varejo sendo feitas online.

“O e-commerce continua crescendo porque os negócios começaram a voltar e esse volume está voltando”, disse Jindel. “Este terceiro trimestre certamente ultrapassará o volume da temporada de festas de 2019. No entanto, os consumidores devem esperar que o desempenho dentro do prazo seja menor.”

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As informações são da CNBC