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Amazon expande sistema de leitura de palma da mão em lojas nos EUA

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

A Amazon lançou um novo dispositivo biométrico, o Amazon One, que permite aos clientes pagar nas lojas Amazon Go usando a palma da mão no fim do ano passado. Hoje, a empresa diz que o dispositivo está sendo implementado em lojas adicionais da empresa em Seattle — uma expansão que tornará o sistema disponível em oito lojas físicas de varejo da varejista, incluindo as lojas de conveniência.

Desde segunda-feira (1º), o sistema Amazon One está sendo adicionado como uma opção de entrada na loja em Seattle. Nas próximas semanas, ele também será lançado em mais duas lojas, segundo a empresa. Isso leva o sistema a oito locais em Seattle e prepara o terreno para uma expansão mais ampla nos Estados Unidos nos próximos meses.

Segundo o TechCrunch, o sistema usa tecnologia de visão computacional para criar uma impressão palmar exclusiva para cada cliente, que a varejista então associa ao cartão de crédito que o cliente insere na configuração inicial. Embora o cliente não precise ter uma conta na varejista para usar o serviço, se ele associar as informações da conta, poderá ver seu histórico de compras no site.

E a privacidade com a Amazon?

A Amazon afirma que as imagens da impressão da palma da mão são criptografadas e protegidas na nuvem, onde as assinaturas dos clientes são criadas. No momento de seu lançamento inicial, a gigante norte-americana argumentou que essas  impressões eram uma forma mais privada de autenticação biométrica do que alguns outros métodos, porque você não pode determinar a identidade de um cliente com base apenas na imagem da palma da mão.

O sistema levanta questões sobre os planos maiores da Amazon, já que o uso histórico da biometria pela empresa é bastante controverso. A empresa vendeu serviços de reconhecimento facial biométrico para policiais nos Estados Unidos. Sua tecnologia de reconhecimento facial foi objeto de um processo de privacidade de dados. Em termos de privacidade de dados do usuário, a empresa também não foi cuidadosa, como no caso de continuar armazenando dados de voz da Alexa mesmo quando os usuários apagaram arquivos de áudio.

Além do mais, a empresa não visualiza o Amazon One apenas como um meio de entrada em suas próprias lojas —eles são apenas um mercado de teste. Com o tempo, a empresa quer disponibilizar a tecnologia para terceiros também, incluindo estádios, prédios de escritórios e outros varejistas não pertencentes à Amazon.

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Fonte: TechCrunch