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Retail mídia: perspectiva de investimento amplia formatos de anunciar online

Por: Júlia Rondinelli

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e especialização em arte, literatura e filosofia pela PUC-RS. Atua no mercado de e-commerce desde 2018 com produção técnica de conteúdo e fomento à educação profissional do setor. Além do portal, é editora-chefe da revista E-Commerce Brasil.

Representantes da Amazon e do Mercado Livre explicaram como as plataformas tem se preparado para este modelo de anúncio, que cresce ano a ano

A nova onda da publicidade online tem nome: retail mídia. Depois do investimento em mecanismos de buscas (search) e nas redes sociais, os gestores de marca perceberam que o marketplace se mostra um canal eficiente para ampliar a divulgação de seus produtos e reforçar seus diferenciais.

Para explicar esta nova demanda de consumo, o Fórum E-Commerce Brasil 2022 apresentou o painel “Retail Midia – Ads: a jornada na ótica do anunciante no marketplace para ajudar o seller a vender mais”. Para esta discussão, convidou porta-vozes de duas gigantes do setor: Célia Goldstein, general manager da Amazon Advertsing Brazil, e Fabiana Manfredi, diretora de mercado ads do Mercado Livre.

Amazon

Célia explicou que o desafio da Amazon é entender o que as marcas mais precisam para que possam formatar soluções em retail mídia que sejam assertivas e de confiança. “A estratégia vai além do e-commerce: pensamos na solução completa ao longo da jornada, com uso de formatos diversos como vídeo e display, de forma a customizar os projetos e integrar as soluções”, explica.

Célia Goldstein, general manager da Amazon Advertsing Brazil/imagem João Carlos Silva.

Ela reforçou que o papel da empresa neste cenário é trazer sempre o consumidor para o centro do processo de compra. Dessa forma, formatam uma linguagem que aproxime a marca do shopper para que a mensagem seja eficiente e chegue na forma que o público conhece. Para isso, a representante da Amazon defendeu o uso dos dados dos clientes que vão além do “last click” e do consumo corriqueiro.

Quando questionada sobre os custos de operar retail mídia, ela garantiu que a oportunidade é possível para todos os portes de empresas. “Em um ano e meio de atuação no Brasil, conseguimos moldar uma plataforma bastante intuitiva, além de contarmos com uma equipe de apoio que escuta os consumidores para otimizar os produtos em oportunidades”, conta.

Mercado Livre

O mercado em expansão também faz parte da rotina do Mercado Livre. Fabiana Manfredi revelou que, atualmente, 70% das buscas já acontecem nos e-commerce e não nas plataformas de pesquisa. E, nestes ambientes, 8 em cada 10 pesquisas não possuem marca atrelada ao produto, o que representa oportunidades.

Fabiana Manfredi, diretora de mercado ads do Mercado Livre/imagem João Carlos Silva.

“Temos um ambiente que garante vantagem para marcas, agências ou vendedores, com alcance massivo que chega a 34 comprar por segundo, dentro de uma mentalidade totalmente voltada para consumo”, resume Fabiana. Ela garante que tantos processamentos geram dados muito diversos dos clientes, algo que precisa ser explorado para melhor atendimento de necessidades frequentes e até mesmo mapeamento de novas.

A diretora do Mercado Livre destaca que, tratando-se de Retail Midia, a América Latina tem muito espaço para crescer e atingir países maduros neste formato, como Estados Unidos e China. “A gente percebe um crescimento de dois dígitos por ano, o que mostra inúmeras possibilidades, especialmente a partir dos dados proprietários. Essas informações ajudam a entender o objetivo de venda e a definir os KPIs de mídia. Quem anuncia com as informações certas tem potência de venda três vezes maior do que o investido”, pontua.

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Por William Saab, em colaboração especial durante o Fórum E-Commerce Brasil 2022.