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Amazon demitiu funcionários que criticavam condições de trabalho

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

A Amazon demitiu ilegalmente dois funcionários que defendiam melhores condições de trabalho durante a pandemia, concluiu o Conselho Nacional de Relações Trabalhistas dos EUA.

A varejista online rescindiu no ano passado o emprego de Emily Cunningham e Maren Costa, que acusaram a empresa de aplicar políticas de forma discriminatória e de ter regras vagas que “refrearam e coibiram” os funcionários de exercerem seus direitos, segundo denúncia apresentada em outubro pela Reuters.

O conselho disse na segunda-feira (5) que seu diretor regional em Seattle apresentará uma queixa se as partes não resolverem o caso.

A decisão chega em um momento delicado para a Amazon, enquanto aguarda o resultado da votação dos trabalhadores de Bessemer, no Alabama, sobre a possibilidade de fazer de seu depósito a primeira unidade sindicalizada da empresa no país.

Ex-funcionários da Amazon questionaram protocolos

Cunningham e Costa, que ganharam destaque por pressionar a empresa a fazer mais com as mudanças climáticas, há cerca de um ano questionaram os protocolos de segurança da pandemia da Amazon e trabalharam para arrecadar dinheiro para a equipe do depósito que corria o risco de contrair Covid-19.

Em um comunicado, a Amazon disse que apoia os direitos dos trabalhadores de criticar as condições de trabalho, mas isso não isenta os funcionários de violar as regras legais. “Nós demitimos esses funcionários não por falar publicamente sobre condições de trabalho, segurança ou sustentabilidade, mas sim por violar repetidamente as políticas internas”, disse. A Amazon não especificou quais eram essas políticas.

Cunningham e Costa não comentaram. Marc Perrone, presidente internacional do sindicato UFCW, cuja unidade local ajudou a arquivar a acusação, disse em um comunicado: “Hoje é um lembrete de que a Amazon quebrará a lei para silenciar seus próprios trabalhadores que se manifestam”.

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Fonte: Reuters